Através de Cristo ressuscitado, a Humanidade começa a interagir com o Espírito Santo de modo orgânico.
Isto quer dizer que o Espírito Santo se tornou uma presença intrínseca ao nosso ser, tal como a seiva da videira é uma presença intrínseca à cepa da videira e aos ramos (Jo 15, 1-8).
O Espírito Santo é a dinâmica da plenitude dos tempos, isto é, da fase dos acabamentos. A plenitude dos tempos é a fase da divinização do Homem mediante a sua incorporação na família divina.
São Paulo diz que todos os que se deixam conduzir pelo Espírito Santo são filhos de Deus Pai e irmãos do Filho de Deus.
O Espírito Santo é o sangue do Corpo glorioso de Cristo que leva a Vida Eterna aos membros do mesmo corpo (1 Cor 12,13).
É o Espírito Santo que vai restaurando em nós o Homem Novo, corrigindo as distorções operadas no projecto humano pelo pecado de Adão.
Isto acontece porque estamos unidos de modo orgânico a Jesus Cristo, o Novo Adão (Rm 5, 17-19).
A Segunda Carta aos Coríntios descreve a acção recriadora do Espírito Santo em nós com as seguintes palavras:
Mesmo que o nosso ser exterior se vá degradando e envelhecendo com a idade, o nosso ser interior vai-se robustecendo cada dia mais, graças à acção do Espírito Santo (2 Cor 4, 16).
A sua presença situa-se na interioridade máxima de cada pessoa humana. Podemos dizer que o Espírito Santo elegeu o nosso coração como ponto de encontro do Humano com o Divino, pois é aí que ele habita como num templo (1 Cor 6, 19).
O Livro dos Actos dos Apóstolos diz que é o Espírito santo quem ilumina os corações dos não cristãos, capacitando-os para acolher a Palavra de Deus quando esta lhes é proclamada (Act 10, 44-45).
É o Espírito Santo quem nos ensina a discernir as coisas de Deus, a fim de sabermos separar a luz das trevas.
Com a sua ternura maternal ele estimula e convida os seres humanos a realizarem-se como pessoas livres, conscientes, responsáveis e capazes de comunhão amorosa.
Calmeiro Matias
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