II-A ORAÇÃO COMO DIÁLOGO CONFIANTE
Ao falar com Deus tenhamos uma plena confiança e tenhamos a certeza de que a oração é sempre eficaz.
Não no sentido de mudar o coração de Deus, mas no sentido de modificar o nosso coração e a nossa mente, capacitando-nos para fazer coisas que nem podíamos imaginar.
Na medida em que somos invadidos pela força amorosa e criadora de Deus, tornamo-nos mediações de libertação e felicidade para os irmãos.
Na oração não devemos utilizar palavras ou pensamentos negativos. Esse procedimento não altera nem influencia Deus.
Além disso, os pensamentos e as palavras negativas moldam padrões prejudiciais na nossa mente.
Apenas as palavras positivas que exprimem fé na presença de Deus e de gratidão pela sua acção em nós são dignas de Deus.
Ao pedirmos qualquer coisa não deixemos de insistir que se faça a vontade de Deus. Deste modo estamos a reforçar a certeza de que a vontade de Deus, a nosso respeito, é muito melhor para nós do que a nossa própria.
Por outras palavras, o que Deus nos quer dar é, normalmente, muito melhor do que aquilo que nós lhe pedimos.
O querer de Deus é muito melhor do que o nosso no que se refere ao nosso bem e felicidade.
Tenhamos a coragem de dizer a Deus com fé:
“ponho-me nas tuas mãos, pois sei que o teu querer a meu respeito coincide com o que é melhor para mim”.
Procedendo assim estamos a abrir o coração a Deus, permitindo que o manancial infinito da sua força criadora circule em nós.
São Paulo dá-nos o suporte perfeito para esta confiança em Deus: “Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados de acordo com o seu desígnio.
De facto, àqueles que Deus conheceu também os predestinou, a fim de serem uma imagem idêntica à do seu Filho, o qual se tornou o primogénito de muitos irmãos” (Rm 8, 28-29).
Calmeiro Matias
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