I-O HOMEM COMO UMA TOTALIDADE
Graças ao acontecimento da Encarnação, o Divino enxertou-se no Humano, a fim de este ser divinizado.
Deste modo, a Humanidade e a Divindade ficaram unidas de modo orgânico e definitivo. As pessoas, tanto as humanas como as divinas não são ilhas.
A Divindade, tal como a Humanidade formam uma união orgânica. A plenitude das pessoas encontra-se, não na pessoa em si, mas na reciprocidade desta comunhão.
Isto quer dizer que existe apenas uma Divindade constituída por três pessoas, tal como existe uma única Humanidade constituída por muitos biliões de pessoas.
Podemos dizer que este modo bíblico de entender o Homem é profundamente realista. Com efeito, quando a criança se começa a habitar, isto é, a ter consciência, já está habitada por todos aqueles que a foram moldando e incutindo nela os valores.
Por outras palavras, as pessoas que nos foram moldando ficam a habitar-nos ao longo da nossa vida.
A pessoa humana, portanto, não é uma ilha. Somos seres em permanente interacção com os outros.
Agora já podemos compreender que o bem e o mal que as pessoas fazem não as afecta apenas a elas, mas a todo o tecido orgânico que forma a Humanidade.
Somos possibilitados pelo bem que os outros fazem, tal como os outros são condicionados pelo mal que nós fazemos.
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