31 março, 2008

DIALOGANDO COM CRISTO RESSUSCITADO-I

I-TU ÉS O MEDIANEIRO DA SALVAÇÃO

Jesus Cristo ressuscitado,
tu és o senhor da Vida, pois venceste a morte!

Edificaste sobre o alicerce do amor, por isso não podias cair no vazio da morte.

Tens morada no nosso coração, pois deste a vida por todos os seres humanos.

É por ti que o Espírito Santo vem a nós e nos incorpora na comunhão familiar da Santíssima Trindade.

Apesar de seres homem como nós, também pertences à esfera de Deus.

A tua interioridade pessoal humana está organicamente ligada à interioridade pessoal do Filho Eterno de Deus.

tu és, realmente, o ponto de encontro do Humano com o Divino.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

DIALOGANDO COM CRISTO RESSUSCITADO-II


II-TU ÉS O ENCONTRO DO HOMEM COM DEUS

Senhor Jesus Cristo,
O teu ser messiânico assenta sobre um pilar humano constituído pelo Filho de Maria e um pilar divino que é constituído pelo Filho Eterno de Deus.

O Espírito Santo é a ternura maternal de Deus que une e dinamiza esta união humano-divina.

O Espírito Santo está presente no mais íntimo da dinâmica da Encarnação, animando a interacção que se dá entre a interioridade espiritual do Filho Eterno de Deus e a tua interioridade espiritual Jesus de Nazaré.


Ele é também o dinamismo vital que alimenta a dinâmica da tua ressurreição, Jesus Cristo.

Tu és, Jesus Cristo, do lado de Deus e do lado do Homem. Eis a razão pela qual estamos salvos.
Glória a ti, Jesus ressuscitado!

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

27 março, 2008

MEDITANDO SOBRE A RESPONSABILIDADE-I

I-TORNAR-SE RESPONSÁVEL

Deus deixou nas nossas mãos a missão de nos tornarmos pessoas responsáveis. Crescer como pessoa responsável é uma tarefa que mais ninguém pode realizar por nós.

Mas também é verdade que ninguém é capaz de se tornar uma pessoa responsável desligando-se dos outros.

Na verdade, começamos por ser o que os outros fizeram de nós. Mas o mais importante é o que nós agora fazemos com os talentos que recebemos dos demais.

A responsabilidade começa por ser uma atitude de fidelidade aos talentos que temos para nos realizar na vida.

No íntimo da nossa consciência somos interpelados pelos valores que os outros nos transmitiram através do processo.

A fidelidade ao chamamento que nos é feito pelos talentos ou possibilidades de realização pessoal, passa por uma série de atitudes concretas que temos de tomar no dia a dia da nossa vida.



MEDITANDO SOBRE A RESPONSABILIDADE-II

II-OPÇÕES QUE FAZEM DE NÓS PESSOAS RESPONSÁVEIS

Eis algumas atitudes importantes para crescermos como pessoas responsáveis: Quando nos comprometermos a realizar uma coisa, devemos ser fiéis a esse compromisso.

A pessoa que não responde pelos compromissos que assume não está a realizar-se como pessoa adulta e responsável.

É fundamental responsabilizar-se pelos próprios actos sem cair na tentação das desculpas fáceis ou deitar as culpas para cima dos outros.

Na verdade, sempre que assumimos a responsabilidade das nossas atitudes e acções estamos a estruturar-nos como pessoas capazes de ser autora da sua vida e da sua realização pessoal.

Devemos assumir com plena consciência o cumprimento dos nossos deveres e realizar as nossas tarefas.

É importante não ficarmos à espera que sejam os outros a lembrar-nos a hora ou o cumprimento dos nossos deveres.

Seremos tanto mais dignos de confiança quanto mais responsáveis formos pelos nossos planos e compromissos.

Quando alguém der provas de confiança em nós, ao ponto de nos comunicar as suas coisas mais íntimas saibamos guardar segredo. A pessoa que trai a confiança que alguém depositou nela não é digna da confiança de ninguém.

Habituemo-nos a usar a reflectir antes de agir, a fim de actuarmos como pessoas responsáveis.
Se estivermos atentos e medirmos habitualmente as consequências dos nossos actos, podemos ter a certeza de estarmos a estruturar uma personalidade verdadeiramente responsável.

Uma pessoa que age habitualmente de modo irreflectido e precipitado dificilmente chegará ser uma pessoa verdadeiramente responsável.

Não deixemos de realizar os nossos projectos e sejam fáceis ou difíceis.Quando tivermos de realizar um trabalho que nos foi pedido, procuremos realizá-lo a tempo e horas.

Podemos ter a certeza de que a nossa responsabilidade crescerá na medida em que formos fiéis aos nossos deveres.

Na verdade a responsabilidade é a capacidade que a pessoa vai treinando no sentido de responder de modo fiel e adequado aos seus deveres e compromissos.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

MEDITANDO SOBRE A RESPONSABILIDADE-III

III-LIBERDADE E RESPONSABILIDADE

A pessoa humana não nasce responsável, tal como não nasce consciente ou livre. Mas vamo-nos tornando responsáveis de modo gradual e progressivo.

Deus não nos criou acabados, a fim de podermos crescer como pessoas responsáveis e, deste modo, sermos autores de nós mesmos.

Ser responsável, portanto, é dar o melhor de si de acordo com os talentos que tem, tal como Jesus ensinou (cf. Mt 25, 14-30).


A responsabilidade é a capacidade de responder de modo fiel e adequado aos seus talentos, projectos e compromissos.

Podemos dizer que a responsabilidade cresce em conjunto com a consciência e a liberdade e tem como alicerce a fidelidade.

Como ser consciente, a pessoa descobre o leque das suas possibilidades de realização, tanto de tipo pessoal como social.

Como ser livre, a pessoa é capaz de decidir de modo adequado aos talentos que recebeu e é capaz de assumir compromissos face às outras pessoas.

A liberdade é a capacidade de se relacionar amorosamente com os outros e de interagir de modo criativo com as coisas e os acontecimentos.

Como capacidade associada à consciência e à liberdade, a responsabilidade não é uma realidade estática, isto é, oposta à criatividade e à dinâmica da realização pessoal.

Nunca deixemos de louvara Deus por nos ter criado como seres capazes de ser livres, conscientes e responsáveis, a fim de não nos demitirmos desta tarefa de nos construirmos como pessoas responsáveis.
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias


25 março, 2008

DIALOGANDO COM CRISTO SOBRE A EUCARISTIA-I

I-EUCARISTIA E UNIÃO COM CRISTO

Jesus Cristo Ressuscitado,
Obrigado pela Eucaristia, o sacramento que explicita a nossa união orgânica contigo!

A Bíblia diz que a Humanidade e Jesus Cristo formam um todo à maneira de um corpo cuja cabeça é Jesus Cristo.

São Paulo diz que nós comemos do mesmo pão porque formamos o corpo de Jesus Cristo (1 Cor 10, 17).

O evangelho de São João diz que a Humanidade e Cristo formam uma união semelhante á que existe entre a cepa da videira e seus os ramos.

O evangelho de São João diz que a nossa vida será fecunda na medida em que estejamos unidos a Jesus que é a cepa da videira da qual nós somos os ramos (Jo 15, 4-6).

A seiva que vem da cepa e vitaliza os ramos é o Espírito Santo, a quem Jesus comparou com a Água Viva que faz jorrar rios de vida eterna no nosso coração (Jo 7, 37-39).

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

DIALOGANDO COM CRISTO SOBRE A EUCARISTIA-II

II-A CARNE E O SANGUE QUE JESUS NOS DÁ

Senhor Jesus Cristo,
No evangelho de São João tu dizes que a nossa união contigo é semelhante à união que existe entre ti e o teu Pai celeste.

Eis as palavras que São João Põe na tua boca: ”Quem come a minha carne e bebe o meu sangue fica a morar em mim e eu nele.

Assim como o Pai que me enviou vive e eu vivo por ele, assim também o que me come viverá por mim” (Jo 6, 56-57).

A tua carne e o teu sangue de Jesus ressuscitado é a tua força vital, isto é, o Espírito Santo.
Foi isto que disseste aos judeus:

“Isto escandaliza-vos? E se virdes o Filho do Homem voltar para onde estava antes?
A carne não presta para nada, o Espírito é que dá Vida. As palavras que vos disse são Espírito e Vida” (Jo 6, 62-63).

Jesus, nós te louvamos pela Eucaristia que é a garantia de que nos fortaleces e ressuscitas com o mesmo Espírito Santo que te ressuscitou.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

24 março, 2008

FORÇAS DESUMANIZANTES E FÉ CRISTÃ-I

I-PERIGOS QUE AMEAÇAM O FUTURO DO HOMEM

Os seres humanos não podem ignorar os perigos de destruição que estão a pôr em perigo o futuro da Humanidade.

Pela primeira vez na História, o Homem tem nas mãos o poder de pôr fim ao projecto humano.
Eis alguns dos perigos que ameaçam o futuro da nossa espécie:

A destruição do equilíbrio ecológico. O perigo da destruição maciça pelo nuclear.

A ameaça cada vez mais real e próxima de destruição de grandes parcelas da Humanidade devido à fome e à falta de água.

Na base de todos estes perigos que ameaçam a sobrevivência está a indiferença perante os valores, tais como a fraternidade, a solidariedade, a justiça e da paz.

Esta indiferença perante os valores trouxe consequências graves para as relações humanas, tanto a nível interpessoal, como a nível social ou internacional.

É verdade que estes perigos ainda podem ser vencidos através do diálogo e da elaboração de projectos que levem a adoptar medidas capazes de gerar uma nova consciência de justiça, de solidariedade e dos direitos humanos.

Se a salvação da Humanidade ainda está nas mãos dos seres humanos, então temos de dizer que se trata de um dever ético para toda a Humanidade.

Só entrando na lógica do amor, os seres humanos podem encontrar condições para sobreviver face aos perigos que ameaçam a Humanidade.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

FORÇAS DESUMANIZANTES E FÉ CRISTÃ-II

II-A FORÇA DA VIDA ESPIRITUAL

Para além das técnicas e competências necessárias para vencer os perigos que nos ameaçam é urgente tomarmos consciência da necessidade de cultivar uma vida espiritual profunda, a qual é um fermento capaz de transformar o mundo.

É urgente aprofundar os sentidos da vida, a fim de a pessoa humana encontrar razões para se empenhar na construção da fraternidade, da justiça e da paz.


Quando lhes falta o sentido da vida, as pessoas entram em crise e têm tendência a adoptar atitudes e comportamentos destrutivos.

A Vida espiritual é uma fonte inesgotável de sentidos para
É importante que as pessoas cultivem aptidões e conhecimentos científicos capazes de favorecer o progresso humano.

Mas não nos podemos esquecer de que o ser humano deu o salto de qualidade para o espiritual, o qual tem de ser cultivado sob pena de a Humanidade ficar desequilibrada.

O crescimento espiritual é uma fonte inesgotável de sentidos de vida e razões para a pessoa se comprometer no sucesso da construção humana.

Os cristãos estão chamados a ser no mundo uma luz que ilumina o sentido da vida, bem como um sal que confere sabedoria à vida e um fermento que ajuda as pessoas a viver de acordo com os valores fundamentais da humanização.

Graças à Palavra de Deus que o faz compreender o plano de Deus e à presença do Espírito que o ilumina e consagra, o cristão está chamado a ser evangelizador dos nossos irmãos.

A fé faz do cristão uma pessoa optimista, pois tem consciência de que a vida está cheia de sentido.

Graças ao mandamento do amor que Jesus nos deixou, o cristão sabe que o amor é uma razão que vale tanto para viver como para morrer:

“É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei. Ninguém tem Maio amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos” (Jo 15, 12-13).

Graças à sua fé na ressurreição de Cristo e da Humanidade, o cristão é um grito de esperança no mundo.

Ele tem a missão de anunciar a Boa notícia da vitória de Cristo sobre a morte, da qual deriva a certeza de que o Homem não está a caminhar para o vazio da morte.

A Esperança cristã é uma força poderosa chamada a fazer frente às forças desumanizantes que ameaçam o futuro da Humanidade.

Em Comunhão convosco
Calmeiro Matias

22 março, 2008

MARIA TEVE UM MENINO-I

I-CRESCIA COMO UMA CRIANÇA QUALQUER

Maria Teve Um Menino! Esta notícia bonita correu rapidamente pela aldeia de Nazaré. As pessoas pareciam adivinhar que estava a acontecer uma coisa muito especial e boa para toda a gente. Mas ninguém podia imaginar o alcance profundo desse pressentimento.

As amigas mais próximas de Maria comunicavam a notícia com tanta alegria e entusiasmo que até pareciam os apóstolos anunciando a ressurreição após a Páscoa.

O Menino de Maria nasceu e cresceu no meio de muito amor. Além da enorme ternura que recebia dos seus pais, os vizinhos gostavam de parar, a fim de contemplarem o olhar e o sorriso daquele menino.

As pessoas não sabiam bem porquê, mas sentiam um encanto especial por aquele ser frágil e inseguro.

O Menino de Maria era uma criança encantadora como todas as crianças. O seu olhar e o seu sorriso atraíam o encanto dos adultos.

Mas havia algo de misterioso e muito bom no seu olhar. Quando os habitantes de Nazaré contemplavam o olhar e o sorriso daquele Menino, sentiam o seu coração exultar de alegria.

Ninguém suspeitava que esta exultação resultava da presença dinâmica do Espírito Santo que enchia o coração daquele Menino.

O Menino de Maria crescia como as demais crianças. Chorava, tinha fome de felicidade, alimentava sonhos e esperanças.

Como era uma criança bem amada crescia feliz. Além disso, revelava uma grande capacidade de amar, como acontece com os meninos bem amados.

As pessoas de Nazaré comentavam que Maria tinha um menino encantador. Mas ninguém podia imaginar a missão salvadora que Deus reservou para este menino a crescer.

As pessoas sentiam-se cativadas por esta criança encantadora, mas ninguém imaginava que um dia, o Menino de Maria havia de chamar Pai ao próprio Deus.

Na verdade, o Divino enxertou-se no Humano no coração deste menino, a fim de a Humanidade ser divinizada.

As pessoas que tomavam ao colo aquela criança encantadora não suspeitavam que, no seu sorriso, se estava a exprimir em grandeza humana a ternura do próprio Deus!

Como as demais crianças, o Menino de Maria era um ser humano único, original e irrepetível.
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

MARIA TEVE UM MENINO-II

II-O MISTÉRIO DO MENINO DE MARIA

Mas este menino também continha em si um mistério profundo associado ao plano salvador de Deus.

Na verdade, o Menino de Maria fazia uma unidade orgânica e dinâmica, com a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade.

Nele, o Humano e o Divino estão unidos, embora sem se misturarem nem confundirem.
Na sua dimensão humana ele é o Filho de Maria. Na sua dimensão divina é o Filho Eterno de Deus Pai.

Esta união acontece numa perfeita união e interacção humano-divina. Ele é Jesus de Nazaré, homem como todos os homens que nasceram de Adão, embora não seja pecador.

Mas também é o Filho Eterno de Deus, fazendo um só Deus com o Pai e o Espírito Santo. No seu interior encontram-se em perfeita unidade, o melhor de Deus e o melhor da Humanidade.

O Espírito Santo é a seiva que alimenta esta união orgânica misteriosa em que Deus e o Homem, sem se misturarem ou confundirem, fazem o único Cristo.

Como diz o evangelho de São João, a união do divino com o humano, neste menino é algo semelhante à união que existe entre a cepa da videira e os seus ramos:

“Permanecei em mim, disse ele depois de ser um homem, que eu permaneço em vós. Tal como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, mas apenas permanecendo na videira, assim também acontecerá convosco, se não permanecerdes em mim.

Eu sou a videira e vós os ramos. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto, pois, sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15, 4-5).

Eis o mistério sublime que habita o coração do Menino de Maria e faz dele o alicerce da Humanidade divinizada.

Crescia como outra criança qualquer. Chamava pai a um homem e mãe a uma mulher. Quando brincava com os outros meninos nas ruas de Nazaré, ninguém podia imaginar o mistério que habitava o íntimo desta criança.

Foi com este menino que teve início a plenitude dos tempos, isto é, o salto qualitativo da divinização do Homem.

Eis a razão pela qual ele é a expressão máxima da fecundidade de Maria. Ele é a Aurora do dia em que teve início a dinâmica da nossa salvação.

Podemos dizer que o Menino de Maria é a Vida Eterna ao alcance dos seres humanos. No momento da sua morte e ressurreição abriu-nos as portas do Paraíso como ele mesmo disse ao Bom Ladrão:

Depois de um breve diálogo com Jesus, o Bom Ladrão acrescentou: “Senhor lembra-te de mim, quando estiveres no teu Reino.

Jesus respondeu-lhe: “Em verdade te digo: hoje mesmo estarás comigo no Paraíso” (Lc 23, 42-43).

O Menino de Maria é a Árvore da Vida que, como diz o livro do Génesis, já estava no centro do Paraíso primordial do qual Adão, devido à sua infidelidade, foi expulso (Gn 3, 22-24).

O Menino de Maria surgiu como o Novo Adão. Com a sua ressurreição venceu a morte trazida pelo primeiro Adão.

Glória ao menino de Maria, pois foi por ele que a Vida Eterna ficou ao alcance de todos nós!

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

20 março, 2008

DEUS E O HOMEM COMO MISTÉRIO DE RELAÇÕES-I

I-RELAÇÕES E ESTRUTURAÇÃO PESSOAL

Pelo facto de se constituírem como interioridade espiritual livre, consciente e responsável as pessoas são um mistério, isto é, uma realidade que se revela de modo gradual.

Isto quer dizer que as pessoas, na sua realidade mais profunda, não são evidentes para nós.
No entanto, as pessoas humanas, tal como as divinas, revelam-se através das Relações.

Quando comunicamos significativamente com os outros, estamos a estruturar-nos como pessoas e a compreender de modo progressivo a realidade das pessoas com as quais nos relacionamos.

E é assim que as pessoas humanas, sem darem por isso, vão criando vão criando uma reciprocidade elas e as pessoas com as quais se relacionam de modo mais ou menos duradoiro.

Na verdade, o modo como olhamos o outro, começa a converter-se, também, no modo como ele nos começa a olhar a nós.

Também é verdade que, pouco a pouco, começamos a tratar o outro de modo semelhante àquele com que ele nos trata.

Como vemos, a dinâmica das relações é fundamental para as pessoas se estruturarem e conhecerem mutuamente.

Podemos dizer que é através das relações que nós vamos conhecendo a nossa realidade mais profunda, bem como a identidade das pessoas com as quais nos relacionamos.

Na verdade, as pessoas não são evidentes, mas revelam-se de modo progressivo mediante as relações.

Além disso, como vimos, nós não só nos conhecemos pela mediação dos outros, senão que também nos estruturamos através das relações.

É ainda através das relações que a nossa realidade espiritual emerge e se robustece. As relações humanas são a dinâmica que faz emergir e crescer a pessoa na sua identidade fundamental.

Podemos dizer que os seres humanos vão emergindo e encontrando a sua plenitude através da dinâmica das relações, pois são criados à imagem e semelhança de Deus.

Em comunhão Convosco
Calmeiro Matias

DEUS E O HOMEM COMO MISTÉRIO DE RELAÇÕES-II

II A DIVINDADE É RELAÇÕES

A nossa fé diz-nos que Deus é relações. Com efeito, a Divindade é uma comunidade familiar:
A primeira pessoa da Santíssima Trindade é Pai, não por ter procriado, mas porque inicia uma relação paternal com a segunda pessoa da Santíssima Trindade.

Do mesmo modo, a segunda pessoa é Filho, não por ter sido dado à luz, mas porque acolhe em relações o amor do Pai e estabelece uma relação filial.

Isto quer dizer que é nas relações que a pessoa se possui e encontra a sua plena identidade.
Mas as relações só têm este poder de fazer emergir e a identidade de uma pessoa se tiverem a densidade do amor.

De facto, a identidade espiritual de uma pessoa revela-se através do modo de amar e se relacionar.

Através das relações, as pessoas descobrem a sua realidade de ser único, original, irrepetível e capaz de comunhão.

Através das relações de amor a pessoa descobre e saboreia a verdade a união orgânica e dinâmica que liga a Humanidade, a calda na qual a pessoa encontra a sua plenitude.

Cada pessoa humana é uma concretização da única Humanidade que existe. Na verdade, a Humanidade está a emergir no concreto de cada pessoa de modo único, original e irrepetível.
Devido à sua capacidade de amar e comungar, a pessoa, na medida em que emerge, converge para a comunhão Universal.

É este o fundamento do mistério da pessoa que apenas se pode encontrar e possuir em relações de comunhão com os demais.

Por isso Deus é um só, pois as pessoas divinas encontram-se e possuem-se de modo pleno numa comunhão orgânica dinamizada pelas relações de amor.

A entrada nesta dinâmica da comunhão orgânica, por vezes, assusta-nos, pois temos medo de perder a liberdade ou a nossa identidade que se configura de modo único, original e irrepetível.

Mas a verdade é exactamente o contrário: Só nos possuímos e encontramos plenamente nesta dinâmica da comunhão universal.

O nosso egoísmo e o medo de nos anularmos levam-nos muitas vezes a fechar-nos na pequenez do nosso ser isolado, pois o isolamento impede-nos de encontrar a nossa riqueza mais profunda.
A pessoa só encontra a sua grandeza e plenitude dentro do mistério da comunhão.

É este o jeito de Deus ser e é também a nossa vocação, pois estamos chamados a realizarmo-nos como pessoas, isto é, seres criados à imagem e semelhança de Deus.

Podemos dizer que a comunhão não anula a pessoa, mas optimiza-a e faz emergir o melhor das suas possibilidades.

Não nos podemos esquecer de que Deus é amor e a pessoa realiza-se na medida em que se edifica como imagem e semelhança de Deus.

Não há amor sem relações. Quando dizemos que Deus é amor estamos a dizer que é relações de amor.

O amor é a qualidade máxima das relações, pois é a dinâmica que confere qualidade humanizante às relações dos seres humanos.

Pelo contrário, as relações alicerçadas no egoísmo são relações desumanizantes. Quanto mais uma pessoa se dá, mais comungável se torna a sua vida.

Podemos dizer que a densidade de vida e felicidade no Reino de Deus depende da profundidade em que a sua vida é comungável.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

19 março, 2008

LOUVANDO A DEUS POR JESUS CRISTO

Pai Santo,
O jeito de amar do teu Filho é em tudo semelhante ao teu. Ver o seu modo de perdoar e acolher os pobres e os pecadores era ver o teu jeito de nos acolher e salvar.

Por isso ele podia dizer: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10, 30). Segundo o evangelho de São João, Jesus afirmou ainda: “ Quem me vê, vê o Pai” (Jo 14, 9).

Pelo mistério da Encarnação o teu Filho Eterno e Jesus de Nazaré, o Filho de Maria, fazem uma união orgânica e dinâmica.

O Humano e o Divino, em Cristo, fazem um, embora sem se fundirem ou confundirem. Na verdade, em Jesus de Nazaré exprimia-se em grandeza humana o vosso amor por nós.

A sua paixão era fazer a tua vontade Pai Santo. Amava a simplicidade das crianças e defendia corajosamente os que não eram capazes de se defender.

Deixava mais felizes as pessoas que tinham a sorte de o encontrar. Como não tinha pretensões a ser a ser rico ou poderoso, partilhava com os outros a sua vida e os seus bens.

Amava a todos, mas preferia acompanhar com os mais pobres. Nunca foi cobarde, pois habitava nele a força do Espírito Santo.

Como se deu totalmente, a sua vida, agora, é de todos nós. Por isso se tornou em nós o alimento da vida eterna.

Ele é, de facto, a cepa da videira cujos ramos somos todos nós (Jo 4-6). Levou o amor à sua profundidade máxima, isto é, dar a vida por aqueles a quem se ama.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

18 março, 2008

DIÁLOGO COM O DEUS QUE NOS ACOLHE

Trindade Santa,
Nós vos louvamos por serdes uma comunhão familiar que não se fecha à comunhão connosco.

Depois de nos terdes criado à vossa imagem e semelhança, ainda fizestes de nós membros da vossa Família Trinitária.

Nós te agradecemos, Pai Santo, por nos acolheres como filhos. Nós te louvamos e agradecemos, Filho eterno de Deus, por nos acolheres na Família Divina, tornando-te o primogénito de muitos irmãos, como diz São Paulo (Rm 8, 29).

Espírito Santo, com o teu jeito maternal de amar, tu nos introduzes na comunhão da Família Trinitária de Deus, diz a Carta aos Romanos (Rm 8, 14).

Espírito Santo,
São Paulo diz que tu és o amor de Deus derramado nos nossos corações (Rm 5, 5). Obrigado por nos introduzires na família divina com o teu jeito maternal de amar.

Trindade Santíssima,
Obrigado por nos amardes de modo totalmente gratuito e nos incorporardes na plenitude da Vida Eterna.

Vós sois eternamente criador Deus Santo, pois sois uma novidade permanente. Sem deixardes de ser o mesmo e único Deus, Trindade Santa, Vós sois uma novidade amorosa em cada instante.

Obrigado Jesus Cristo pelo dom da Água Viva que nos destes como dom da vida Eterna. Tu és a cepa da videira da qual nós somos os ramos. A seiva que circula de ti para nós, tornando-nos fecundos é o Espírito Santo.

Trindade Santa,
Glória a vós que sois o único Deus, a fonte da vida e da Verdade. Obrigado pelo dom da Vossa palavra, a qual acontece no nosso coração como novidade permanente, graças à acção do Espírito Santo.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

17 março, 2008

O AMOR A DEUS E O AMOR AOS IRMÃOS-I

I-O HOMEM TALHADO PARA DEUS

Deus não nos criou para vivermos sozinhos. Na verdade, a Humanidade foi criada à imagem da Santíssima Trindade que é um comunidade familiar de três pessoas.

De tal modo estamos talhados para a relação e a comunhão que nem nos podemos estruturar como pessoas sem a calda comunitária das relações de amor.

Eis a razão pela qual nós só podemos conhecer Deus através do amor. A Primeira Carta de São João diz que os seres humanos que não amam os irmãos não chegam a conhecer Deus, pois Deus é Amor (1 Jo 4, 7-8).

Podemos dizer que Deus está sempre do lado dos que dão o melhor de si pela causa do amor.
Foi esta a razão pela qual Deus ressuscitou Jesus, fazendo dele a Cabeça dessa Nova Humanidade reconciliada com Deus (2 Cor 5, 17-19).

A nossa fé diz-nos que os seres humanos que amam os irmãos podem estar certos de estar em comunhão com Deus e de fazerem parte da Família Divina.

Quem vive partilhando o que tem e o que sabe está a moldar o seu coração com o jeito da vida eterna, pois no Reino de Deus dançaremos o ritmo do amor com o jeito que tivermos treinado na História.

Com seu jeito maternal de amar, o Espírito Santo, dinamiza e optimiza as nossas atitudes e gestos de amor aos irmãos, a fim de podermos partilhar plenamente na Comunhão da Família Divina.

Podemos dizer que o Espírito Santo é criador de vínculos de comunhão orgânica e princípio animador de relações.

É esta razão pela qual São Paulo diz que todos os que se deixam conduzir pelo Espírito Santo são filhos de Deus Pai e irmãos do Filho de Deus (Rm 8, 14. 16).

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

O AMOR A DEUS E O AMOR AOS IRMÃOS-II

II-A PLENITUDE DO HOMEM EM DEUS

O Espírito Santo é o princípio da gratuidade na Festa da Família de Deus. Graças ao dinamismo da sua acção nas pessoas que participam na plenitude da Vida Eterna, tudo o que elas precisam lhes é concedido.

Por outras palavras, na comunhão do Reino de Deus ninguém sofre qualquer tipo de carência.
Ninguém tem medo, pois já só existe a reciprocidade amorosa.

Não há saturação e cansaço, pois o amor é a fonte da qual brota a novidade constante das relações e da comunhão amorosa que emerge a partir do coração das pessoas.

E se ainda houver alguma memória do sofrimento desta vida, Deus Pai passa amorosamente com um lenço e limpa os vestígios de lágrimas que ainda possa existir nos nossos olhos.

Depois dá-nos o beijo da plenitude, comunicando-nos o Espírito Santo, a fim de esquecermos para sempre a lembrança dos sofrimentos que existiram na nossa vida.

Eis como o livro do Apocalipse descreve a ternura de Deus em relação aos que participam na plenitude da Vida Eterna:

“Eis a morada de Deus entre os homens. Ele habitará com eles e eles serão o seu povo. Deus estará com eles e será o seu Deus.

Enxugará todas as lágrimas dos seus olhos e não haverá mais morte, nem luto, nem pranto, nem dor, pois as primeiras coisas passaram” (Apc 21, 3-4).

Glória a Deus pelo dom da Salvação.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

16 março, 2008

ESPÍRITO SANTO E RENASCIMENTO-I

I-O NASCIMENTO DO HOMEM NOVO

Espírito Santo,
Louvado sejas por teres consagrado Jesus para realizar a missão de anunciar o Evangelho aos pobres, capacitando-o para dar vista aos cegos, fazer que os cegos vejam, os coxos caminhem e os surdos oiçam (Lc 4, 18-21).

Por seres o amor de Deus, tu és, Espírito Santo, uma força libertadora. És tu quem nos faz exultar de alegria quando a revelação de Deus se torna clara para nós.

Eis como São Lucas descreve esta exultação: Nesse mesmo instante, Jesus exultou de alegria sob a acção do Espírito Santo e disse:

“Bendigo-te, ó Pai, Senhor do Céu e da terra, porque escondestes estas coisas aos doutores e aos inteligentes as revelaste aos pequeninos” (Lc 10, 21).

O evangelho de São João diz que o Homem Novo só pode nascer pela tua acção Espírito Santo: “O que nasce da carne é carne e o que nasce do Espírito Santo é espírito.

Por isso não te admire de eu te ter dito que tendes de nascer de novo” (Jo 3, 6). Pouco antes de morrer e ressuscitar, Jesus disse que tu, Espírito Santo és o Espírito da Verdade e que só conduzidos por ti podemos caminhar em direcção à verdade:

“Quando ele vier, o Espírito da verdade, há-de guiar-vos para a verdade plena” (Jo 16, 13).
A verdade é a compreensão e enunciação correcta e adequada da realidade de Deus, do Homem, da História e do Universo.

Isto quer dizer que só tu, Espírito Santo, nos podes fazer crescer na verdade, a fim de que a nossa maneira de ver as coisas corresponda de modo gradual e progressivo àquilo elas são realmente.

Tu és a terceira pessoa da Santíssima Trindade. Tu és o vínculo maternal da comunhão orgânica que nos une a Cristo e, através dele, à comunhão da Santíssima Trindade.

Assim como Deus Pai ama com um jeito paternal, tu, Espírito Santo, tens um jeito maternal de amar.

Tu és a fonte da vida. Todos os gestos de amor encontram em ti a sua raiz. Sem a tua acção nos nossos corações, os sacramentos não passam de ritos estéreis e vazios.

Sem a tua acção inspiradora no nosso coração, as Sagradas Escrituras seriam apenas letra que mata, como diz São Paulo (2 Cor 3, 6).

Do mesmo modo, a comunidade cristã sem a tua acção, Espírito Santo, não passa de um grupo com leis, ritos e normas, mas sem uma vida de comunhão com Deus e os irmãos.

Espírito Santo,
Tu ressuscitaste Jesus Cristo e incorporastes-nos na Família de Deus. Graças a ti somos filhos em relação a Deus Pai e irmãos em relação ao Filho Eterno de Deus (Rm 4, 4-7).

Tu és o princípio animador do mistério da Encarnação, dinamizando a união orgânica que existe entre o Filho eterno de Deus e Jesus de Nazaré, o Filho de Maria!

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

ESPÍRITO SANTO E RENASCIMENTO-II

II-ESPÍRITO SANTO E A VIDA ETERNA

A Bíblia diz que tu és a Água Viva que faz jorrar torrentes de vida eterna no nosso coração (Jo 7, 37-39; 4, 14).

Tu és a ternura maternal de Deus, Espírito Santo. Foste tu quem optimizou o coração maternal de Maria, capacitando-a para amar o seu Filho com um jeito semelhante ao próprio jeito de Deus Amar.

São Paulo compreendeu muito bem o teu papel na dinâmica da salvação quando afirmou que tu és o amor de Deus derramado nos nossos corações (Rm 5, 5).

Tu habitas nos nossos corações, diz ele, como num templo (1 Cor 3, 16). Glória a ti, Espírito Santo, que és o dinamismo da Vida Eterna.

Tu és o sangue de Cristo ressuscitado a circular no mais íntimo do nosso coração (Jo 6, 63).
Louvado sejas por esse teu jeito de animar as relações entre as pessoas, inspirando gestos e atitudes criadoras de novidade e comunhão amorosa.

Glória a ti, que és uma fonte permanente de inspiração. Graças a ti, a revelação de Deus não estagna nem cessa na História da Humanidade.

Tu és a Água viva que faz circular o rio da vida eterna no nosso íntimo. Obrigado por estares sempre disponível para nós no nosso coração!

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

14 março, 2008

RESSUSCITAR COM CRISTO

Pelo facto de Cristo formar uma comunhão orgânica com a Humanidade, todos nós participamos da sua ressurreição e com ele fazemos parte da Família de Deus!

13 março, 2008

VÓS SOIS A ORIGEM DA GÉNESE HUMANA

Deus Santo,
A nossa fé diz-nos que, na origem do Homem, está o Amor na sua perfeição máxima.
Vós sois o princípio e o fim da Humanidade. Vós sois a meta para a qual estamos a caminhar.

Mediante o mistério da Encarnação, o amor manifestou-se na sua expressão máxima, enxertando o divino no humano, a fim de a Humanidade ser divinizada.

Eis o que diz a Primeira Carta de São João: “O Amor de Deus manifestou-se no meio de nós, pois Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito, a fim de que, por ele, tenhamos a Vida Eterna” (1 Jo 4, 9).

Pelo mistério da Encarnação, o Filho Unigénito de Deus passou a ser o primogénito de muitos irmãos, diz São Paulo (Rm 8, 29).

O evangelho de São João diz que, pela Encarnação, nos foi dado o poder de nos tornarmos filhos de Deus.

Este poder não deriva dos impulsos carne, nem da vontade humana, mas sim de Deus (Jo 1, 12-14).

Este poder gerador que emana da Encarnação és tu, Espírito Santo. Com o teu jeito maternal de amar, tu nos incorporas na Família de Deus: filhos em relação a Deus Pai, e irmãos em relação a Deus Filho (Rm8, 14-17).

São Paulo diz tu és, Espírito Santo, o amor de Deus derramado nos nossos corações (Rm 5, 5).
Deus Santo, obrigado por não terdes esperado que fôssemos bons para gostardes de nós.

Espírito Santo,
Graças à tua presença no nosso íntimo, nós sabemos que Deus não é uma divindade distante e alheia à realidade de cada um de nós.

Obrigado, por nos introduzires no próprio diálogo amoroso da Família Divina.


Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias






12 março, 2008

CONTEÚDOS FUNDAMENTAIS DA FÉ

Deus Santo,
Obrigado pela revelação, a qual nos permite olhar a realidade com o vosso próprio modo de ver as coisas.

A nossa Fé tem como fundamento a vossa Palavra. Por isso dizemos que a Fé é um dom divino e não apenas um simples resultado da investigação humana.

Por resultar da vossa revelação, a Fé ajuda-nos a compreender uma série de verdades que iluminam o sentido mais profundo da nossa vida.

E assim, por exemplo, nós acreditamos que Deus é uma família de três pessoas. Acreditamos que a criação do Universo é um acto do amor divino que resultou do diálogo familiar da Santíssima Trindade.

Acreditamos que, em Jesus Cristo, a Divindade se enxertou na Humanidade, a fim de sermos divinizados, mediante a nossa incorporação na Família de Deus.

Nós acreditamos que no homem Jesus de Nazaré se exprimiu em grandeza humana o próprio Filho Eterno de Deus.

Acreditamos que o Espírito Santo tem um papel fundamental no acontecimento da Encarnação do vosso Filho.

Acreditamos ainda, Deus Santo, que vós decidistes revelar-vos à Humanidade através de um povo.

Primeiro escolhestes o povo bíblico para comunicardes aos outros povos a vossa Palavra. Depois formastes através do Vosso Filho o Povo da Nova e Eterna Aliança, do qual nós fazemos parte.

Acreditamos que vós, Deus Santo, quereis que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade (1 Tm 2,4).

Acreditamos que há um só Deus que sois vós, Trindade Santíssima, e um só medianeiro entre Deus e a Humanidade que é Jesus Cristo, o Salvador de todos os seres humanos (1 Tm 2,5).

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

11 março, 2008

LOUVANDO A DEUS PELO UNIVERSO-I

I-EMPRESTANDO A NOSSA VOZ AO UNIVERSO

Senhor Deus,
o Universo convida-nos a meditar sobre a grandeza do vosso amor e do vosso poder criador.
Emprestando a nossa voz a toda a Criação queremos proclamar a vossa sabedoria e o vosso poder criador.

Por isso, unindo-nos ao Universo, nós queremos dizer: Glória ao Deus que nos chamou à vida.
Glória ao Deus que nos apresenta a Natureza como um livro cheio de ensinamentos.

Glória ao Deus que nos revela as suas perfeições infinitas nas belezas da Natureza.Glória ao Deus que é Amor e que marcou a Criação com o selo da Bondade.

Glória ao Deus que nos proporciona tantos momentos de alegria. Glória ao Deus que nos proporciona excelentes experiências de felicidade ao longo da vida.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

LOUVANDO A DEUS PELO UNIVERSO-II

II-GLÓRIA A VÓS PELO SENTIDO DA V IDA

Glória ao Deus que faz que os nossos sofrimentos e dificuldades se tornem mediações de crescimento pessoal, ajudando-nos a ser mais humanos e capazes de compreender as outras pessoas.

Glória a Deus pelas montanhas que nos convidam a olhar o Céu azul e a multidão incontável das estrelas.

Glória a Deus pelos mares e os lagos e reflectem a luz brilhante do sol e o azul suave do Céu.
Glória a Deus pelos rios que vão regando a terra, tornando-a mais generosa e fecunda.

Glória a Deus pelos animais selvagens cuja ternura pelos filhotes é admirável e capaz de grandes sacrifícios.

Glória a Deus pelo canto harmonioso das aves e os rugidos, os uivos e os balidos dos animais.
Glória a Deus pelos pais, muitos dos quais são capazes de uma doação total.

Glória ao Deus que amorosamente se revelou ao Homem como uma Família de três pessoas.
Glória ao Filho Eterno de Deus que, pela Encarnação, enxertou a Divindade na Humanidade, a fim de nós sermos membros da Família de Deus.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

LOUVANDO A DEUS PELO UNIVERSO-III

III-GLÓRIA A VÓS PELA CRIAÇÃO

Glória a Deus pela festa da vida na qual tomam parte as plantas, os animais e os seres humanos.
Glória ao Deus que sonhou um plano admirável para a criação do Homem, fazendo que a sua
plenitude consistisse em tomar parte na Família Divina.

Glória a Deus pelo perfume das violetas, dos lírios e das rosas. Glória a Deus pela multidão dos peixes que habitam os mares, os lagos e os rios.

Glória a Deus pelo sabor delicioso dos frutos e pela doçura do mel que as abelhas produzem com tanto empenho e gratuidade.

Glória a Deus por tantas pessoas que, ao longo da nossa vida nos sorriram, capacitando-nos para
sermos mais fortes e seguirmos em frente.

Glória a Deus pelas vezes que fomos capazes de sorrir para os outros, fazendo-os sentir válidos e úteis para a vida.

Glória a Deus pela vida eterna que o Espírito Santo faz crescer e germinar no nosso coração. Glória a Deus pela luz do sol que, em cada manhã, faz emergir a multidão das cores e das formas
que nos encantam.

Glória a Deus pelo carinho das pessoas que nos amaram, capacitando-nos para amar, pois ninguém é capaz de amar antes de ter sido amado.

Glória a Deus que nos revelou a sua ternura através da ternura dos nossos pais e das pessoas que nos fizeram bem.

Glória a Deus pela força da ressurreição de Cristo que nos concede a vitória sobre a morte.
Glória ao Espírito Santo que, no nosso íntimo, nos vai recriando e configurando com Cristo ressuscitado.

Glória a Deus pelas crianças cuja pureza e transparência nos convidam a ser transparentes e verdadeiros.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

LOUVANDO A DEUS PELO UNIVERSO-IV

IV-GLÓRIA A VÓS QUE NOS DESTES ESTA TERRA

Glória a Deus por nos ter colocado nesta Terra cheia de cores, chilreios, grunhidos, cacarejos, balidos e declarações de amor.

Glória a Deus pelas noites serenas que nos convidam a descansar. Glória a Deus pela alegria que nasce nos corações dos que agem em harmonia com os apelos do Espírito Santo.

Glória a Deus pelos homens e mulheres que lutam pela justiça e os direitos humanos que são os pilares da paz nas sociedades e entre os povos.

Glória a Deus pelas pessoas que deixam os outros mais felizes sempre que estes têma sorte de as encontrar na vida.

Glória a Deus por ser o Emanuel, isto é, o Deus connosco que, em cada dia, nos faz sentir os efeitos benéficos da sua presença libertadora no nosso coração.

Glória a Deus que, ao criar-nos à sua imagem e semelhança, se tornou a meta para a qual Estamos a caminhar.

Glória ao Deus que não nos criou acabados, dando-nos assim a oportunidade de nos construirmos de modo livre, consciente, responsável e capazes de comunhão.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias