IV-MARIA E A NOVA ALIANÇA
Maria era um membro do povo judeu. Isto quer dizer que ela pertencia à Antiga Aliança. São Paulo reconhece que Maria, apesar de nascer como membro da Antiga Aliança, teve a nobre missão de ser a ponte para a Nova.
NaCartaaos Gálatas, São Paulo atribui a Maria o privilégio de ser a aurora da plenitude dos tempos:
“Mas quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sob o domínio da antiga Lei.
Deste modo Deus resgatou os que se encontravam sob o domínio, a fim de receberem a adopção de filhos.
E porque somos filhos, Deus enviou aos nossos corações os Espírito de seu Filho que clama: “Abba, Papá!”
Deste modo já não és escravo, mas filho. E se és filho, és também herdeiro pela graça de Deus” (Gal 4, 4-7).
Apesar de ter nascido como membro da Antiga Aliança, Maria tornou-se uma figura central na emergência histórica do Povo da Nova Aliança.
Nos pronunciamentos dos profetas, a teologia do resto fiel estava associada ao juízo final, também chamado o dia da ira.
Nesse dia, só o resto fiel escaparia à tragédia que Deus ia enviar sobre a Humanidade. Os discípulos consideravam-se o resto que escaparia ao dia da ira como os profetas tinham anunciado.
No dia do juízo, diz o evangelho de São Mateus, haverá menos rigor para Sodoma do que para os que rejeitarem a mensagem de Jesus (Mt 11, 24).
O juízo universal é associado à segunda vinda de Cristo, a qual iria a acontecer muito em breve, pensavam os discípulos.
Eis o que diz São Paulo na Primeira Carta aos Tessalonicenses: “Vós sabeis perfeitamente que o dia o Senhor virá como um ladrão vem pela calada da noite (…).
Vós não andais nas trevas, de modo que esse dia vos surpreenda como um ladrão” (1 Ts 5, 2-4).
Maria ocupa um lugar de destaque no conjunto deste pequeno resto fiel, pois continua a sua missão de mediação privilegiada do Espírito Santo:
O evangelho de São João diz que Jesus, no momento da sua morte, entrega Maria a João, a fim de ela ser a mãe do resto fiel do qual vai emergir o Povo da Nova Aliança (Jo 19, 25-27).
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