O Livro do Génesis diz que o Homem criado à imagem e semelhança de Deus tem uma face masculina e outra feminina.
Por outras palavras, o varão, só por si, não é uma imagem perfeita de Deus, pois Deus criou o Homem à sua imagem como varão e mulher.
Eis as palavras do Livro do Génesis: “Deus criou o ser humano à sua imagem e semelhança. Ele os criou homem e mulher como imagem de Deus” (Gn 1, 27).
O masculino e o feminino são qualidades que implicam perfeições complementares. Ora, como sabemos, as perfeições inscritas nas obras da Criação existem em grau de perfeição infinita no Criador.
Não devemos reduzir o masculino à condição de macho e feminino com a condição de fêmea. Na realidade trata-se de dois modos de interagir e comungar que, no seu grau de realização mais elevada têm densidade espiritual.
No Reino de Deus, diz Jesus, os seres humanos já não têm dimensão biológica, no entanto, mantêm a sua identidade espiritual, a qual é histórica:
“Jesus respondeu aos saduceus: “Estais enganados porque desconheceis as Escrituras e o poder de Deus.
Na ressurreição nem os homens terão mulheres nem as mulheres terão maridos, mas serão como os anjos no Céu” (Mt 22, 29-30).
Os ressuscitados continuam a ter a sua identidade masculina ou feminina, mas esta é totalmente espiritual.
O mesmo diz São Paulo ao referir-se ao corpo espiritual dos ressuscitados, o qual nada tem a ver com o corpo biológico. Eis as suas palavras:
“Assim também acontece com a ressurreição dos mortos: “Semeado corruptível, o corpo é ressuscitado incorruptível.
Semeado na desonra, é semeado na glória. Semeado na fraqueza é ressuscitado na força.
Semeado corpo terreno é semeado corpo espiritual. Na verdade, se há corpo terreno, também há corpo espiritual” (1 Cor 15, 42-44).
Calmeiro Matias
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