A Carta aos Gálatas diz que o amor é um dom do Espírito Santo: “São estes os frutos do Espírito Santo:
Amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, auto-domínio (Gal 5, 22).
Segundo o Livro dos Actos dos Apóstolos, os judeus não podiam resistir à sabedoria do Espírito Santo que falava nele (Act 6, 10).
Depois acrescenta que os primeiros cristãos viviam repletos da consolação do Espírito Santo, apesar das perseguições que sofriam (Act 9, 31).
Segundo a Carta a Tito o Homem foi purificado pelo poder regenerador do Espírito Santo que Cristo derramou com abundância sobre todos nós (Tt 3, 5-6).
Associando o seu trabalho de evangelizador com a acção do Espírito Santo, São Paulo diz que a sua pregação foi eficaz, não por ser fruto do saber humano, mas por ser uma demonstração do Espírito Santo (1 Cor 2, 4).
O Espírito Santo é o sangue de Cristo a circular em nós, fazendo emergir a vida divina no nosso interior.
Ele é, também, a força ressuscitadora de Cristo a actuar no nosso coração, diz a Carta aos Romanos (Rm 8,11).
O Espírito Santo é o coração da Nova Aliança assente, não na letra que mata, mas no Espírito que vivifica (2 Cor 3, 6).
É ele que alimenta a Vida Eterna no nosso íntimo. Ele é também a semente de Deus a gerar vida divina nosso íntimo, diz a primeira Carta de João (1 Jo 3, 9).
É o dom da plenitude dos tempos que Deus Filho nos concede pelo beijo da Encarnação. Mesmo que o nosso ser exterior se vá degradando e envelhecendo com a idade, diz São Paulo, o nosso interior vai-se robustecendo cada dia mais graças à acção do Espírito Santo (2 Cor 4, 16).
O Espírito Santo elegeu o nosso coração como ponto de encontro connosco. Na verdade, ele decidiu habitar no nosso coração como num templo, diz a Primeira Carta aos Coríntios (1 Cor 3, 16).
Com o seu jeito maternal de amar ele actua no nosso íntimo como princípio vínculo de união orgânica e princípio animador de relações de amor.
O Espírito Santo é uma presença santificadora no nosso coração. Ele é a força que vai estruturando a Nova Criação, isto é, a Humanidade reconciliada com Deus através de Cristo ressuscitado (2 Cor 5, 17-19).
A sua presença inspiradora, ele faz-nos saborear a verdade do Evangelho, esse tesouro inesgotável que é sempre antigo e sempre novo.
É ele quem nos ensina a discernir as coisas de Deus, capacitando-nos para separarmos a luz das trevas.
Calmeiro Matias
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