27 junho, 2008

O BARRO DO QUAL EMERGIU O HOMEM-III

III-DEUS FAZ HISTÓRIA CONNOSCO

A configuração que vamos dando ao barro que temos amassar e moldar vai-se revelando através das opções, atitudes do nosso dia-a-dia.

Se nos interrogarmos com frequência sobre o sentido habitual das nossas opções, escolhas, decisões e atitudes, iremos obtendo a resposta fundamental sobre o modelo de pessoa que estamos a edificar.

Na verdade, não nascemos acabados. Deus criou-nos para que nos criemos. Somos por natureza chamados a ser criadores de nós mesmos e sempre em dinâmica de relações de amor.

Na medida em que nos realizamos também estamos a melhorar o leque de talentos e possibilidades dos que se cruzam connosco na vida.

Na medida em que nos humanizamos, vamos modificando a calda social deste barro a amassar-se.

No seio de uma sociedade fraterna e justa torna-se mais fácil modelar o barro segundo os critérios de Deus.

O compromisso com a transformação do meio em que vivemos é também uma decisão importante para modelarmos de maneira mais plena e perfeita o barro que Deus está amassando connosco.

Na fase infantil, o homem é sobretudo um barro a ser modelado pelos outros: pais, escola ou o contexto social.

A criança é um feixe de possibilidades de vida livre, consciente e responsável que falta realizar.
Na verdade, ela é uma história por contar e um romance por escrever.

Ao longo dessa história surgirão paixões, agressividades, sofrimentos, opções certas e erradas que formam o entretecido da história de cada pessoa.

Os adultos facilitam ou dificultam a estruturação e vivência desta história por contar, deste poema que ainda não está escrito e desta estátua não plenamente esculpida.

Podermos dizer que uma criança é uma história de amor que ainda não aconteceu e uma canção que ainda não foi cantada.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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