04 junho, 2008

FALANDO COM DEUS SOBRE A HUMANIZAÇÃO-III

III-A SABEDORIA DA HUMANIZAÇÃO

Não há humanização sem capacidade de diálogo e comunhão com os outros.
As pessoas demasiado enredadas em si só conseguem escutar-se a si e, por isso, não são capazes de sintonizar e comungar com os outros.

O homem humanizado reconhece os próprios erros e sabe que só o amor cura as feridas que o pecado abriu no seu coração e no coração dos irmãos.

O homem de coração humanizado não está sempre a culpar os outros das suas culpas, insatisfações e fracassos.

A pessoa que se empenha na tarefa da humanização não está sempre a julgar os outros e muito menos a culpá-los pelos nossos fracassos.

A pessoa que está sempre a criticar em geral anda a fugir de si e, muitas vezes, a projectar os próprios defeitos na pessoa dos irmãos.

À medida em que se humaniza, a pessoa procura ser amável e serena nas relações com os irmãos.

Procedendo assim está a preparar-se para receber a bênção prometida aos mansos, os quais, disse Jesus, possuirão a terra (Mt 5, 5).

A pessoa humanizada sabe que a amabilidade é a grande arma para desmontar as setas da agressividade com que os outros pretendem destruí-nos.

Ter a gentileza de dar a primazia ao outro é uma atitude que gera comunhão. A pessoa humanizada tem a sabedoria para discernir sobre os momentos oportunos para falar e as melhores ocasiões para saber calar e escutar.

É um excelente sinal de maturidade saber evitar discussões inúteis que só servem para exaltar os ânimos.

Este procedimento não ajuda o processo da humanização das pessoas. É um excelente sinal de sabedoria e humanização saber reconhecer quando o outro tem razão.

Devemos ter sempre presente que, ao romper com o amor estamos a romper com Deus, pois Deus é amor.

É verdade que, ao romper com Deus, não estamos a impedir que ele continue a amar-nos. De facto, o amor de Deus por nós é incondicional.

No entanto, não nos devemos esquecer de que apesar de não conseguirmos impedir que Deus nos ame, podemos impedir a comunhão ele.

De facto, a comunhão assenta na reciprocidade amorosa e não num amor unidireccional.

Por outras palavras, o amor pode ter uma só direcção, mas a comunhão só pode acontecer na reciprocidade amorosa. Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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