II-A TAREFA DE EDIFICAR A VIDA ETERNA
Morrer para dar vida é a maneira mais perfeita de rebentar os muros da própria finitude. O Homem Novo não pode nascer sem que o velho vá morrendo.
Não nascemos para a vida nova sem morrer progressivamente à vida velha. A maneira de morrer à vida velha é gastá-la pelas causas do amor.
Sábias são as pessoas que sabem ir morrendo, a fim de dar vida aos outros. Há seres humanos que sabem renascer todos os dias para a vida eterna, morrendo em cada dia ao egoísmo que ainda habita o seu coração.
A grande missão da nossa vida sobre a terra não é manter a vida mortal, mas edificar a vida eterna.
Muitas pessoas, ao tomarem consciência da proximidade da morte, sentem-se mais profundamente chamadas a gastar a vida pelo amor.
No fundo tomaram mais plenamente consciência da grande vocação da pessoa sobre a terra.
Com efeito, é o amor torna fecunda a vida das pessoas.
Eis a razão pela qual, com o surgimento da proximidade da morte, nasce na nossa consciência um apelo a amar mais plenamente.
A morte é o parto fundamental para o nascimento definitivo que foi renascendo mediante opções e realizações inspiradas pelo amor.
A consciência da nossa morte é um estímulo e um apelo a criar sentidos para viver com sentido.
À luz da fé, a morte é como o rebentar da casca do ovo em cujo interior foi germinando o pintainho, isto é, a interioridade pessoal-espiritual.
A temperatura que faz germinar este pintainho é o conjunto das realizações na linha do amor.
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