Deus Santo,
Vós inscrevestes, não o pecado, mas a possibilidade do pecado na História da Humanidade, a fim de o ser humano poder ser livre e autor de si mesmo.
O pecado é sempre uma oposição ao amor. Pecar é recusar-se a crescer como pessoa através de relações de fraternidade e amor.
Só há pecado quando a pessoa tem a possibilidade de dizer sim e diz não às propostas do amor.
Mediante o pecado, o pecador diz não ao processo da sua realização pessoal e condiciona ou bloqueia a realização dos outros.
Além disso, através do pecado, a pessoa inscreve ritmos negativos, isto é, forças de bloqueio tecido social.
Isto quer dizer que, face à realidade do pecado, a pessoa pode encontrar-se em duas situações diferentes: situação de vítima, ou situação de culpada.
A vítima do pecado sofre as suas consequências negativas sem dele ser culpada. Na verdade, quantos milhões de crianças sofrem as terríveis consequências pecado sem dele serem culpadas.
A pessoa culpada do pecado é o próprio pecador. A pessoa é culpada do pecado na medida em que é autora do mesmo pecado.
Há ainda a situação das pessoas que fazem o mal, mas que na realidade são vítimas do pecado e não pecadoras.
Estão neste caso as multidões de mal amados com distorções psíquicas e comportamentos compulsivos cuja origem está no facto de terem sido mal amados.
Calmeiro Matias
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