20 junho, 2008
DEUS E A POSSIBILIDADE DO PECADO-II
II-SOMOS POSSIBILITADOS E CONDICIONADOS
O evangelho dá provas de possuir uma grande sabedoria ao proibir-nos de julgar as pessoas. Na verdade, nós não temos nas mãos a história das experiências dolorosas e traumatizantes das pessoas.
Com efeito, nós não podemos compreender de modo perfeito os traumas que perturbam e condicionam as atitudes e os comportamentos das pessoas.
A verdade é que os outros nos capacitam e também nos condicionam nas possibilidades de amar e fazer o bem.
A lei do amor é esta: ninguém é capaz de amar antes de ter sido amado e o mal amado ama mal, mesmo quando dá o melhor de si.
Do mesmo modo que o amor dos outros nos capacita para amar, as suas recusas de amor, condicionam as nossas possibilidades de amar e fazer o bem.
Podemos dizer que começamos por ser o que os outros fizeram de nós, mas o mais importante é o que fazemos com as possibilidades recebidas dos demais.
O feixe primordial das possibilidades e condicionamentos que recebemos dos outros faz de nós, logo à partida, seres únicos, originais e irrepetíveis.
Para significar a diferença das possibilidades de cada pessoa, a parábola dos talentos diz que uns recebem cinco outros três, dois ou um (cf. Mt 25, 14-30).
Enquanto oposição ao amor, o pecado mata sempre possíveis de realização humana, tanto no pecador, como nas vítimas do pecado.
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