I-O AMOR COMO FORÇA CRIADORA
O amor é uma dinâmica que optimiza o coração das pessoas e das suas relações. Na verdade, o amor é uma dinâmica de bem-querer que tem como origem a pessoa e como meta a comunhão.
Quando dizemos que Deus é amor estamos a afirmar que a Divindade é pessoas em relação de amor cuja plenitude acontece na comunhão.
O amor é uma dinâmica de bem-querer cuja origem está na pessoa. Isto significa que o amor, na sua génese, pressupõe a decisão de agir em benefício do outro.
Mas o amor só atinge a sua plenitude na comunhão amorosa. Por outras palavras, apesar de ter origem pessoal, a dinâmica amorosa só atinge a sua plenitude na reciprocidade da comunhão.
De facto, o amor unidireccional não encontra a sua plenitude. Eis a razão pela qual o ser humano não é capaz de impedir que Deus o ame, pois o amor de Deus é incondicional e infinitamente perfeito.
No entanto, o ser humano é capaz de impedir que aconteça a comunhão com Deus, pois o amor unidireccional não culmina na comunhão.
O amor de Deus é uma novidade permanente. Mas isto não significa que seja mais o menos perfeito.
O amor humano, pelo contrário é uma perfeição em génese. Na verdade, a pessoa humana é um ser em processo de amorização.
A lei do amor é a seguinte: “Ninguém é capaz de amar antes de ter sido amado e o mal amado ama mal”.
Como acabámos de ver, o amor dos outros capacita-nos para amar. Mas isto não quer dizer que nos determina, pois o amor nunca se impõe. Ninguém é capaz de obrigar o outro a amar.
Todos começamos por ser possibilitados pelo amor dos outros e condicionados pelas suas recusas de amor.
Isto quer dizer que o ser humano tem razões suficientes para fazer o bem ou o mal que faz. Mas isto não quer dizer que tenha de ser assim.
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