II-CRIADOS À IMAGEM DE DEUS
O Homem é, de facto, um ser constituído à imagem e semelhança de Deus. A Divindade não podia ser menos que pessoas em comunhão amorosa, pois criou o Homem como comunhão orgânica e dinâmica de pessoas.
Com efeito, Deus não podia ser menos que pessoas, pois criou-nos à sua imagem e semelhança e nós somos pessoas.
Do mesmo modo, a divindade não pode deixar de ser comunidade de pessoas, pois a pessoa apenas se encontra em plenitude na dinâmica da comunhão.
A fé cristã vem ao encontro da fome de sentido da mente humana, afirma que Deus é uma comunidade de amor familiar.
Por outras palavras, no coração da realidade habita o amor concretizado como comunhão familiar de três pessoas.
O Amor é uma dinâmica relacional de bem-querer que estrutura não só as pessoas, como também a comunhão entre elas.
A experiência ensina-nos que uma pessoa isolada não está completa. Todos compreendemos os efeitos desvastadores que a solidão opera no coração das pessoas.
Por outras palavras, a solidão asfixia a pessoa humana, pois impede a emergência do melhor que há nela e bloqueia o encontro amoroso.
Estamos talhados para a comunhão. É por esta razão que a solidão é tanto maior quanto mais a pessoa estiver reduzida a si.
A nossa fé diz-nos que o malogro e o fracasso definitivo da pessoa acontece no estado de inferno, cuja essência é a ausência total de relações e comunhão amorosa.
Estar no inferno significa não ter ninguém para fazer uma festa. Em estado de inferno, o ser humano não é uma pessoa em estado de plenitude e, portanto, não é uma imagem perfeita de Deus.
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