16 fevereiro, 2009

SABOREANDO A PRESENÇA CRIADORA DE DEUS


Esta manhã pensei em Deus e fiquei feliz. Foi um jeito especial de pensar. Quase me parecia um sonho!

Entrei nessa experiência original pela mediação do canto das aves que iniciavam o seu canto matinal!

Quando o Sol estava a irromper, a luz brilhante daquela manhã fez-me lembrar o início da Criação!

Surgiu na minha mente a passagem do Livro do Génesis que diz o seguinte: “Deus disse: “Faça-se a luz”. E a luz surgiu. E Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas” (Gn 1, 3-4).

O aparecimento da luz no início de cada novo dia faz lembrar o início da criação:

As plantas revestem-se de verde e o Céu ganha de novo a cor azul. As aves surgem com seus cantos matinais e, pouco a pouco, as crianças aparecem a saltitar.

Para mim, aquela manhã tinha um sabor divino. Na verdade, eu sentia-me predisposto para acolher o Deus que tudo criou por amor.

Lembrei-me, então, dessa explosão majestoso do big beng que deu início à génese do Universo.

Louvei a grandeza do Deus que fez explodir essa singularidade primordial, início das realidades criadas.

Comecei a saborear a presença de Deus na marcha da criação.

Possibilita tudo, mas não manipula nada. Na verdade, tudo acontece segundo uma sequência de causas e efeitos.

Deus está presente, mas apenas dinamizando a marcha da criadora do Universo.

Esta presença divina é tão real e eficaz hoje, como foi nos primórdios da criação.

Nesse momento compreendi que o Deus Criador não é um mágico que faz aparecer as coisas através de uma acção automática, retirando-se em seguida.

Esta meditação trouxe à minha mente a ideia de que os ritmos e a harmonia da Criação têm a sua origem nas relações amorosas da Santíssima Trindade.

Depois alegrei-me com a gratuidade de Deus ao fazer avançar o processo criador.
Perante esta visão de horizontes quase infinitos, o meu coração dilatou-se para acolher as bênçãos que o Criador difunde pela vastidão do Universo.
Isto fez-me lembrar que, afinal, a felicidade está ao nosso alcance, pois Deus habita em nós!

Vi com grande nitidez que a possibilidade de sermos felizes, afinal, existe, pois Deus é, realmente o Emanuel!

Nesse momento compreendi melhor que os seres humanos podem marcar encontro com a fonte da Vida sem terem de se deslocar para muito longe.

Depois de ter saboreado tudo isto dei por mim a cantar um cântico novo.

Em seguida pareceu-me ouvir no meu interior uma espécie de voz suave que me interpelou, dizendo: “Vai, e não te esqueças dos teus irmãos!”
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

1 comentário:

Rui Vasconcelos disse...

E o início de um novo dia é um novo convite a caminhar e a viver: o grande Dom, com todas as condições, de criar dinamicas de humanização!
Recomeçar: com a frescura da Água e da Brisa da manhã, com a Presença do Espírito, Amor de Deus...

Um grande abraço pe.Santos e muito obrigado! Venham mais destes poemas!