III-A META DA COMUNHÃO UNIVERSAL
No momento da morte e ressurreição de Jesus, a humanidade que o precedeu, a qual já fazia uma união orgânica de grandeza humana, passou a fazer uma união orgânica de grandeza humano-divina, como diz a Primeira Carta de São Pedro:
“Também Cristo padeceu pelos pecados de uma vez para sempre O justo sofreu pelos injustos, a fim de nos conduzir a Deus.
Morto na carne, mas vivificado no Espírito Santo, foi então pregar aos que estavam cativos, muitos deles incrédulos como aqueles dos dias de Noé (1 Pd 3, 19-20).
Os que precederam Jesus Cristo, no momento da ressurreição do Senhor, não mudaram de lugar. Mas mudaram de densidade espiritual.
Na verdade, a ressurreição de Cristo fez que a Humanidade desse um salto de qualidade, fazendo que as pessoas passassem de não divinas a pessoas divinizadas.
Este salto de qualidade não acontece de modo individual, mas de modo orgânico, dentro da comunhão universal.
São Paulo diz isto de modo muito bonito ao afirmar que o Espírito Santo é o amor de Deus derramado nos nossos corações (Rm 5, 5).
Paulo diz ainda que o nosso coração é templo do Espírito Santo: “Nós é que somos o templo do Deus vivo, como disse o próprio Deus:
Habitarei e caminharei no meio deles, serei o seu Deus e eles serão o meu povo” (2 Cor 6, 16).
Na primeira Carta aos Coríntios acrescenta:
“Não sabeis que sois um templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? (…). O templo de Deus é santo e esse templo sois vós” (1 Cor 3, 16-17).
A única força que pode destruir em nós o templo de Deus é o egoísmo, o grande responsável pelo fracasso humano:
“Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destrói o templo de Deus, Deus o destruirá, pois o templo de Deus é santo e esse templo sois vós” (1 Cor 3, 16-17).
A Humanidade está entretecida de modo orgânico com Jesus e, através dele, com a Santíssima Trindade.
O livro do Apocalipse descreve esta comunhão orgânica de maneira muito bonita quando diz:
“E ouvi uma voz potente que vinha do trono e dizia: ‘Esta é a morada de Deus entre os homens.
Ele habitará com os seres humanos e eles serão o seu povo.
Deus estará com eles e será o seu Deus, enxugando todas as lágrimas dos seus olhos. Por isso não haverá mais pranto, nem morte nem dor” (Apc 21, 3-4).
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