10 abril, 2008

A PESSOA E A COMUNHÃO UNIVERSAL-I

I-REALIZAÇÃO PESSOAL E SOCIEDADE

Enquanto está na história, a pessoa é um ser em construção, mesmo no seu ser espiritual. A humanização da pessoa é também um processo de espiritualização.

A nossa dimensão espiritual não é uma alma estática vinda de fora e introduzida em nós como algo acabado.

Deus criou-nos inacabados, a fim de nos criarmos e, deste modo, completarmos a sua obra. A pessoa humana começa por ser o que os outros fizeram dela.

Não escolhemos a raça, a língua, a família, a cultura ou nacionalidade.Encontrámo-nos na vida com estes dados preestabelecidos.

Apesar de não os termos escolhido, formam o leque dos talentos de que dispomos para nos realizarmos. Nascemos para renascer.

A nível espiritual, a pessoa emerge como interioridade livre, consciente, responsável e capaz de comunhão amorosa.

Como os talentos das pessoas são todos diferentes, cada se estrutura como ser único, original e irrepetível.

A dinâmica que faz emergir e robustecer o nosso ser espiritual são as relações de amor. Somos, de facto, os protagonistas da nossa humanização.

À medida em que se humaniza, a pessoa está a edificar o património da Humanidade de modo original e irrepetível. Ninguém a pode substituir nesta tarefa.

O que recebemos dos outros é o leque inicial dos talentos que recebemos.Como vemos, a emergência pessoa e a convergência para a comunhão universal são as duas faces da mesma moeda.
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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