Jesus não via as coisas deste modo. O Espírito Santo tinha-o feito compreender que a sua missão se orientava num outro sentido bem diferente:
Eis o modo como o evangelho de Lucas descreve a descoberta de Jesus: “Jesus veio a Nazaré onde se tinha criado. Segundo o seu costume entrou em dia de sábado na sinagoga e levantou-se para ler.
Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías e, desenrolando-o deparou com a passagem em que está escrito:
“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa Nova aos pobres.
Enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista.
Enviou-me para libertar os oprimidos e a proclamar um ano favorável do Senhor (…). Começou, então, a dizer-lhes: “Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura que acabais de ouvir” (Lc 4, 18-21).
Ao contrário de Jesus, os Apóstolos esperavam que ele viesse restaurar o reino de David e fazer de Jerusalém a capital mais rica do mundo.
Eis a razão pela qual Jesus chama Satanás a Pedro, pois este não entende as coisas segundo Deus, mas sim segundo os critérios dos homens (Mt 16, 23).
Era normal que, perante uma compreensão destas eles aspirassem aos lugares mais importantes na corte messiânica.
E foi assim que Tiago e João seu irmão se dirigiram a Jesus pedindo-lhe que lhes cedesse os dois lugares mais importante na corte.
Os outros dez, ao verem este comportamento começaram a protestar. Jesus aproveitou a oportunidade para lhes explicar a sua missão não se encaixava na visão messiânica tradicional, segundo a qual a o Messias seria um rei poderoso.
Pelo contrário, diz-lhes Jesus, ele veio para servir e dar a vida pela salvação do mundo (cf. Mc 10, 35-45).
Calmeiro Matias
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