17 abril, 2008

O PAI-NOSSO COMO SÍNTESE DE EVANGELHO-II

II-PAI-NOSSO E NOVA ALIANÇA

Ao ensinar os discípulos a orar ao seu jeito, Jesus quis demarcar-se dos diversos grupos religiosos existentes, os quais afirmavam a sua identidade cultivando um jeito próprio de orar, a fim de se diferenciarem dos outros grupos.

Tanto os fariseus como os saduceus, os essénios ou os discípulos de João Baptista, os mestres ensinavam aos discípulos um modo de orar que fosse diferente, a fim de afirmarem a sua identidade.

O evangelho de São Mateus diz que Jesus, ao ensinar o Pai-Nosso aos discípulos, esta a marcar a diferença dele e dos seus discípulos face aos diferentes grupos existentes, bem como face aos pagãos (Mt 6, 5-8).

Ao ensinar o Pai-Nosso aos discípulos, Jesus apenas quis ensinar os discípulos falarem com Deus Pai como um filho fala com um Pai muito querido.

Mais tarde, o Espírito Santo ensinará os discípulos a dialogar com Jesus ressuscitado, falando com ele como um irmão dialoga com outro irmão:

“O que pedirdes em meu nome eu o farei de modo que, no Filho, se revele a glória do Pai. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome eu a farei” (Jo 14, 13-14).

Com a apresentação do Pai-Nosso, Jesus está a ensinar aos discípulos a dialogar com Deus ao jeito de um diálogo familiar.

No Pai-Nosso, Jesus ensina aos discípulos que o conteúdo da sua oração deve ser tudo aquilo que possa interessar a Deus e ao Homem.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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