III-OS CRISTÃOS COMO SACRAMENTO DO AMOR DE DEUS
Além disso, o amor e o bem que fazemos ao próximo é sentido por Jesus como tendo sido feito à sua pessoa, diz o evangelho de São Mateus (Mt 25, 40).
A densidade do amor com que amamos os irmãos modela o nosso coração para comungar com Deus.
A Lei e os profetas, disse Jesus, resumem-se neste princípio único: “Fazer aos outros o que gostaríamos que eles nos fizessem a nós” (Mt 7, 12).
Como vemos, aprofundar o mistério do amor significa aprofundar o mistério de Deus e do Homem.
Não nos podemos esquecer que Deus é uma comunidade de três pessoas que se amam de modo infinitamente perfeito.
É por esta razão que a Bíblia diz que Deus é Amor (Jo 4,7). Como foram criados à imagem de Deus, os seres humanos estão talhados para o amor.
Eis a razão pela qual as pessoas só podem encontrar a sua plenitude na comunhão amorosa.
Quando amamos o irmão, este sente que uma porta se abriu para si.
Sente que não está sozinho. Nasce nele uma nova força, pois começa a sentir que tem alguém com quem pode contar.
Quando se sente amado, o ser humano sente-se mais forte e cresce nele a confiança.
Muitos dos seus problemas começam a encontrar solução.
Na verdade, o amor é profundamente libertador, pois possibilita a realização da pessoa. Quando o nosso amor se torna universal, começamos a eleger os outros como irmãos para lá da língua, da raça, da cultura e da nacionalidade.
Quando isto acontece, o nosso coração adquire uma qualidade nova que nos capacita para participarmos de modo mais perfeito na comunhão universal do Reino de Deus.
Jesus pede-nos para amar com este sentido de universalidade, a fim de todos caberem nas nossas atitudes de bem-querer.
Eis alguns dos ensinamentos que Jesus nos faz no evangelho de São Mateus: “Se amais apenas os que vos amam, que recompensa tereis? Os publicanos também fazem o mesmo.
Se saudais apenas os da vossa raça e língua que fazeis de extraordinário? Não fazem assim também os pagãos? Sede perfeitos no vosso modo de amar, tal como o vosso Pai do Céu é perfeito” (Mt 5, 46-48).
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