O animal gosta de brincar, mas não é capaz de celebrar, nem tem sentidos para viver. A pessoa humana, pelo contrário, precisa de sentidos para viver e se construir.
Por estar a estruturar-se como ser histórico, a pessoa tem a capacidade de associar o passado com o presente e este com planos e sonhos de futuro.
Como ser em construção, a pessoa sente-se a caminho de uma meta que se confirma em cada realização que vai concretizando.
Por não ser uma pessoa em construção, o animal não tem esta consciência existencial, nem sente um apelo a actuar de acordo com uma série de valores.
Os valores são inscritos na consciência humana em forma de apelos ou convites a agir de modo a que a pessoa se edifique como ser consciente, livre, responsável e capaz de amar.
Como precisa de sentidos para viver, a pessoa põe-se constantemente interrogações e porquês, sobretudo nos momentos mais sérios da vida.
Quando uma pessoa perde os sentidos básicos da vida, deixa de ter razões para viver. O animal não se põe o sentido da vida como não tem consciência da sua morte.
A questão de Deus pôs-se de maneira irreversível à consciência humana. Na verdade, a consciência universal da Humanidade evoluiu no sentido de se colocar de modo irreversível a questão religiosa.
Isto significa que o Homem, no seu todo, intuiu que não estamos a edificar para a morte. À luz da fé cristã, Jesus Cristo trouxe a grande resposta a estas interrogações básicas do Homem.
A sua ressurreição demonstrou aos homens que a morte não é o ponto final da vida e que os seres humanos não estão a caminhar para o vazio da morte.
Isto quer dizer que os seres humanos, ao darem o salto de qualidade para a vida pessoal, atingindo as condições para serem assumidos na Família de Deus.
Calmeiro Matias
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