16 maio, 2009

O BEM, O MAL E A TAREFA DA HUMANIZAÇÃO-I

I-O HOMEM TRANSCENDE O ANIMAL

Aristóteles definiu o Homem como um animal racional. Mas nós temos de dizer que esta definição não é adequada.

Na verdade, não basta acrescentar um adjectivo ao termo animal para dizer a verdade do Homem.

Com efeito, a diferença que existe entre o Homem e o animal não é apenas de grau. É certo que o Homem surge na marcha da vida por via evolutiva, a partir do animal.

Mas o ser humano só se torna pessoa através de um salto qualitativo. A evolução chegou à hominização, isto é, à estrutura natural de Homem que é a condição para acontecer o salto qualitativo para a humanização.

A hominização assenta sobre uma complexidade viva que não tem igual no conjunto dos animais.

Mas a evolução não consegue realizar a humanização, cuja lei é: “Emergência pessoal mediante relações de amor e convergência para a comunhão humana universal”.

A humanização só pode acontecer em contexto de relações com a densidade do amor. A novidade biológica que possibilita a marcha da humanização é o cérebro humano, sobretudo o neo-córtex.

O animal está sujeito à ditadura dos instintos imutáveis próprios da sua espécie. O homem, pelo contrário, tem a possibilidade de equacionar as respostas aos estímulos mais básicos da vida, tais como a fome ou a sexualidade.

O ser humano, é capaz de estar cheio de fome, ter um manjar excelente diante de si, e entrar em greve de fome.
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

Sem comentários: