A bíblia diz que Deus criou o Homem à sua imagem e semelhança e que os criou como varão e mulher (Gn 1, 26-27).
O Livro do Génesis diz que a criação do Homem mereceu uma atenção especial de Deus. Esta atenção de Deus aconteceu como uma intervenção especial, a qual consistiu num beijo primordial:
“Então o Senhor Deus formou o Homem do pó da Terra e insuflou-lhe o sopro da vida. E o Homem transformou-se num ser vivo” (Gn 2, 7).
Esta atitude especial de Deus ao criar o Homem é expressa em hebraico pelo termo “Neshama”, o qual tanto pode significar sopro como beijo.
Ao beijar o barro primordial, o hálito da vida passou de Deus para o Homem. Este sopro ou beijo de Deus querem falar da comunicação do Espírito Santo.
Segundo o evangelho de são João, Jesus Cristo, ao ressuscitar inicia um Nova Criação repetindo o mesmo gesto primordial de Deus:
“Em seguida, soprou sobre ele e disse-lhes: “Recebei o Espírito Santo” (Jo 20, 22). Podemos dizer que o primeiro beijo inaugura a marcha da humanização do Homem.
O segundo é o beijo da plenitude, o qual inicia o processo da divinização do mesmo Homem.
Estamos perante afirmações que nos dizem uma verdade fundamental: Deus faz história com o Homem.
O Espírito Santo é a pessoa divina que assume a missão de dinamizar a marcha histórica da humanização.
Calmeiro Matias
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