Assim como a vida natural não pode subsistir sem água, também a pessoa humana, privada de amor, não pode emergir no melhor das suas possibilidades de vida espiritual.
A experiência ensina-nos que a vida humana, privada de amor, acaba por definhar e morrer.
O amor não é nunca uma questão secundária, pois Deus é amor e Deus é o fundamento da realidade.
A afirmação da essência amorosa do ser de Deus é das mais importantes da Bíblia (cf. 1 Jo 4, 7-8; 4,16).
Dizer que Deus é amor, significa que a Divindade é relações de comunhão infinitamente perfeita.
A bíblia diz também que o Homem é imagem e semelhança de Deus. Isto que dizer que a tarefa histórica da humanização do Homem é uma tarefa de amor.
A pessoa humana nasce com um feixe original de possibilidades para se humanizar. Estas possibilidades ou talentos, como Jesus lhes chamou, possibilitam ao Homem uma diversidade enorme de opções, escolhas e compromissos de vida.
A dignidade da pessoa está na sua vocação a ser autora de si própria. A grandeza e dignidade da pessoa humana começa no facto de não nascer determinada.
A natureza não nos humaniza. A tarefa da humanização tem de ser realizada por nós. Ninguém nos pode substituir nesta tarefa. Por outras palavras, ninguém nos pode realizar como pessoa humana.
É verdade que a pessoa não se pode realizar sozinha, mas os outros não a podem realizar. Nem o próprio Deus nos pode substituir nesta tarefa. Sabemos que deus está connosco, mas não está em nosso lugar.
Calmeiro Matias
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