20 maio, 2009

O LUGAR CENTRAL DO AMOR NO UNIVERSO-I

I-O HOMEM E O MISTÉRIO DO AMOR

Assim como a vida natural não pode subsistir sem água, também a pessoa humana, privada de amor, não pode emergir no melhor das suas possibilidades de vida espiritual.

A experiência ensina-nos que a vida humana, privada de amor, acaba por definhar e morrer.

O amor não é nunca uma questão secundária, pois Deus é amor e Deus é o fundamento da realidade.

A afirmação da essência amorosa do ser de Deus é das mais importantes da Bíblia (cf. 1 Jo 4, 7-8; 4,16).

Dizer que Deus é amor, significa que a Divindade é relações de comunhão infinitamente perfeita.

A bíblia diz também que o Homem é imagem e semelhança de Deus. Isto que dizer que a tarefa histórica da humanização do Homem é uma tarefa de amor.

A pessoa humana nasce com um feixe original de possibilidades para se humanizar.Estas possibilidades ou talentos, como Jesus lhes chamou, possibilitam ao Homem uma diversidade enorme de opções, escolhas e compromissos de vida.

A dignidade da pessoa está na sua vocação a ser autora de si própria. A grandeza e dignidade da pessoa humana começa no facto de não nascer determinada.

A natureza não nos humaniza. A tarefa da humanização tem de ser realizada por nós. Ninguém nos pode substituir nesta tarefa.

Por outras palavras, ninguém nos pode realizar como pessoa humana. É verdade que a pessoa não se pode realizar sozinha, mas os outros não a podem realizar.

Nem o próprio Deus nos pode substituir nesta tarefa. Sabemos que deus está connosco, mas não está em nosso lugar.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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