O processo da pessoa a emergir na História culmina na convergência da comunhão universal.
É certo que os outros não nos podemos humanizar, mas também é verdade que o ser humano
não se pode realizar como pessoa sem os demais.
À medida que nos vamos humanizando, isto é, estruturando como pessoas livres, conscientes, responsáveis e capazes de amar, estamos a moldar o nosso jeito de comungar na Vida Eterna.
Por outras palavras, a dimensão espiritual da pessoa é imortal. Isto quer dizer que o nosso ser espiritual, mediante o acontecimento da morte, nasce para a plenitude da comunhão com Deus.
Mas apenas nasce de modo definitivo o que construímos agora na História. Nós somos os protagonistas da nossa emergência pessoal.
A nossa identidade biológica é constituída pelo nosso ADN. É mortal e acaba no cemitério. A nossa identidade espiritual, pelo contrário, é eterna e é constituída pelo nosso jeito de amar e comungar.
Gosto de utilizar a imagem da Dança na Festa do Reino de Deus para exemplificar a nossa participação:
Na Comunhão Universal da Família de Deus dançaremos eternamente o ritmo do amor com o jeito que tivermos treinado na História.
Estar no Céu, portanto, não é ocupar um lugar, mas comungar na plenitude da comunhão com as pessoas divinas e a as humanas.
Calmeiro Matias
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