São Paulo afirma de modo muito claro que a ressurreição não é uma restauração biológica, mas sim a optimização espiritual da pessoa (1 Cor 15, 42-45).
A segunda Carta aos Coríntios diz que o nosso ser exterior se vai degradando e destruindo com a idade.
Mas o ser interior, pelo contrário, vai-se robustecendo pela acção do Espírito de Deus (2 Cor 4, 16).
À medida que a pessoa se robustece no seu ser espiritual, vai-se configurando com Cristo ressuscitado e fazendo uma união orgânica com ele.
Isto acontece às pessoas na medida em que elas se vivem unidas a Cristo, formando com ele uma união orgânica.
“Permanecei em mim que eu permaneço em vós. Tal como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, mas só permanecendo na videira, assim também acontecerá convosco, se não permanecerdes em mim.
Eu sou a videira e vós os ramos. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto, esse dá muito fruto, pois sem mim nada podeis fazer” (Jo 15, 4-5).
A nossa união e configuração com Cristo ressuscitado são a garantia de que a sua Vida Eterna circula em nós e de que ressuscitaremos com ele.
Eis as palavras de Jesus: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna e eu hei-de ressuscitá-lo no último dia” (Jo 6,54).
E depois acrescenta: “Quem como a minha carne e bebe o meu sangue fica a morar em mim e eu nele.
Assim como o Pai que me enviou vive e eu vivo pelo Pai, também quem me come viverá por mim” (Jo 6, 56-57).
Calmeiro Matias
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