O evangelho de São João diz de maneira muito sugestiva que Maria, após a hora de Jesus, passa a fazer parte do resto fiel continuando a sua missão maternal de mediação privilegiada do resto fiel com o qual o Espírito Santo ia fundar a Igreja:
“Junto à cruz de Jesus estavam, de pé, sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria, a mulher de Cléofas e Maria Madalena.
Então, Jesus, ao ver ali ao pé a sua mãe e o discípulo que ele amava, disse à sua mãe: “Mulher, eis o teu filho!”
Depois disse ao discípulo: “Eis a tua mãe!” E desde aquela hora, o discípulo acolheu-a em sua casa” (Jo 19, 25-27).
Seria errado pensar que Jesus entregou Maria a João, a fim de esta não ficar só e abandonada.
Os Actos dos Apóstolo testemunham que Maria, após a Páscoa, se fazia acompanhar dos irmãos de Jesus (Act 1, 14).
O texto de João, utilizando um simbolismo muito bonito, diz que Maria, após a Páscoa, continua a sua missão maternal de ajuda para do resto fiel.
Isto quer dizer que o Espírito Santo escolheu Maria para ajudar a comunidade apostólica de Jerusalém, esse embrião do qual ia nascer o novo povo de Deus.
Como sabemos, a dinâmica do amor maternal é básica para o desenvolvimento de qualquer embrião.
Referindo-se aos tempos messiânicos, o profeta Ezequiel fala de uma intervenção decisiva de Deus, a fim de purificar a terra.
Deus vai destruir os pecadores, a fim de acabar com o pecado. Por seu lado, os justos vão ser poupados, a fim de formarem o resto fiel com o qual o Senhor vai edificar o novo povo de Deus (Ez 14, 22).
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias
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