Como sabemos, a expectativa apocalíptica dos profetas e de João Baptista não se realizaram durante a vida terrena de Jesus.
Após a experiência do Senhor ressuscitado, os Apóstolos começam a anunciar a Segunda Vinda de Cristo, a fim de restaurar o reino messiânico na terra.
As aparições do Senhor ressuscitado deram-lhes a certeza de que Jesus era o Messias.
Como ele não estabeleceu o reino de David na primeira vinda, vai estabelecê-lo na segunda (Act 3, 19-21).
A purificação anunciada pelos profetas acontecerá, pois, aquando da segunda vinda terá lugar tudo o que está anunciado para o dia da ira.
E é assim que Jesus se torna o Filho do Homem que subiu ao trono no céu, tal como anunciara o profeta Daniel (Dan 7, 12s).
Uma vez entronizado no Céu, Jesus tornou-se o Filho de Deus constituído em todo o Seu poder messiânico, diz São Paulo (Rm 1, 3-5).
Agora está sentado no Céu à direita do Pai, aguardando o momento oportuno para vir de novo (Act 3, 19-21).
O dia da segunda vinda de Jesus Cristo será, pois, o dia do Filho do Homem. Naquele dia todos os seres humanos o hão-de ver chegar como rei poderoso sentado no Seu trono.
O seu julgamento será implacável (Mc 13, 15-20). Só o resto fiel escapará à ira destruidora do Senhor.
Este dia, dizia São Paulo, está quase a chegar (1 Tes 1, 9-10). Acontecerá ainda durante a primeira geração, acrescenta São Marcos (Mc 13, 30-32).
São Paulo pensava que ainda estaria vivo no dia da segunda vinda do Senhor (1 Tes 4, 13-18; 1 Cor 15, 53).
Nesse dia, Jesus Cristo destruirá todos os seus inimigos. São Lucas utiliza palavras muito duras a este propósito:
“Quanto a esses meus inimigos que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e degolai-os na minha frente” (Lc 19, 27).
Inspirando-se no Salmo dois, São Paulo diz que o reinado de Cristo demorará apenas o tempo necessário para Jesus colocar os seus inimigos por escabelo dos seus pés (1 Cor 15, 24; cf. Sal 2, 6-7).
Calmeiro Matias
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