11 agosto, 2008

O TEMPO VISTO À LUZ DA ETERNIDADE-III

III-O TEMPO E A HORA DE DEUS

À luz da Palavra de Deus cada dia é para o Homem um “kairós”, isto é, a hora de Deus e a oportunidade de o Homem, orientado pelo Espírito Santo, realizar a pessoa que deseja ser eternamente.

Hoje é o dia em que o Espírito Santo nos interpela e ilumina, a fim de completarmos, em nós e no mundo, a criação de Deus.

O maior perigo do dia de hoje é a decisão de matar o tempo, pois isto significa decidir não emergir nem crescer como capacidade de comungar mais com Deus e os irmãos.

Compete-nos a nós dar a última palavra sobre a fecundidade do dia de hoje. Na verdade, neste dia temos a possibilidade de dar um salto qualitativo, conferindo à vida uma densidade nova e, deste modo, enriquecer a nossa plenitude definitiva.

As pessoas que a longo da sua vida tomaram o tempo a sério, atingiram uma maior realização pessoal e fizeram a Humanidade avançar.

Estamos a tocar o mistério do ser humano cuja realização é um processo histórico.

Deus criou-nos inacabados, a fim de completarmos a sua obra, realizando-nos de modo livre, consciente e responsável.

Surgimos na vida com um leque de talentos ou possibilidades que podemos realizar ou não.

Realizando-os fazemos emergir a pessoa que vai brotando no nosso íntimo como capacidade de comunhão fraterna.

Hoje é o dia em que podemos realizar as nossas possibilidades ou talentos fazendo emergir o nosso ser pessoal.

À medida em que vamos construindo a pessoa que temos como tarefa realizar, o Espírito Santo vai-nos configurado com Jesus e incorporando na Família Divina.

Deste modo Jesus Cristo se torna o primogénito entre muitos irmãos. Eis o que diz São Paulo a este respeito:

“Porque àqueles que Deus conheceu desde os tempos primordiais, também os predestinou para serem uma imagem idêntica à do seu Filho, de tal modo que ele é o primogénito de muitos irmãos” (Rm 8, 29).

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias




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