III-O TEMPO E A HORA DE DEUS
À luz da Palavra de Deus cada dia é para o Homem um “kairós”, isto é, a hora de Deus e a oportunidade de o Homem, orientado pelo Espírito Santo, realizar a pessoa que deseja ser eternamente.
Hoje é o dia em que o Espírito Santo nos interpela e ilumina, a fim de completarmos, em nós e no mundo, a criação de Deus.
O maior perigo do dia de hoje é a decisão de matar o tempo, pois isto significa decidir não emergir nem crescer como capacidade de comungar mais com Deus e os irmãos.
Compete-nos a nós dar a última palavra sobre a fecundidade do dia de hoje. Na verdade, neste dia temos a possibilidade de dar um salto qualitativo, conferindo à vida uma densidade nova e, deste modo, enriquecer a nossa plenitude definitiva.
As pessoas que a longo da sua vida tomaram o tempo a sério, atingiram uma maior realização pessoal e fizeram a Humanidade avançar.
Estamos a tocar o mistério do ser humano cuja realização é um processo histórico.
Deus criou-nos inacabados, a fim de completarmos a sua obra, realizando-nos de modo livre, consciente e responsável.
Surgimos na vida com um leque de talentos ou possibilidades que podemos realizar ou não.
Realizando-os fazemos emergir a pessoa que vai brotando no nosso íntimo como capacidade de comunhão fraterna.
Hoje é o dia em que podemos realizar as nossas possibilidades ou talentos fazendo emergir o nosso ser pessoal.
À medida em que vamos construindo a pessoa que temos como tarefa realizar, o Espírito Santo vai-nos configurado com Jesus e incorporando na Família Divina.
Deste modo Jesus Cristo se torna o primogénito entre muitos irmãos. Eis o que diz São Paulo a este respeito:
“Porque àqueles que Deus conheceu desde os tempos primordiais, também os predestinou para serem uma imagem idêntica à do seu Filho, de tal modo que ele é o primogénito de muitos irmãos” (Rm 8, 29).
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