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O messianismo bíblico nasceu com a expectativa de um rei glorioso que viria restaurar o reino de David seu pai (2Sam 7, 12-16).
Os profetas associam normalmente a vinda do Messias com a casa de David. O Messias pertence à casa de David (Is 9, 9; 11, 1; Miq 5, 1-3; Jer 23, 5; 33, 17).
São Paulo está na linha da teologia dos profetas. Eis a razão pela qual ele diz expressamente que Jesus é o descendente de David segundo a carne (Rm 1, 3).
Os discípulos acompanhavam Jesus convencidos de estar a seguir o futuro rei de Israel (Mc 10, 35-43).
Após a experiência pascal, continuam a fazer uma leitura davídica da realeza de Jesus.
Enquanto acompanhavam com Jesus, os discípulos pensavam que Jesus subiria ao trono durante a Sua vida terrena.
Alguns fazem mesmo pedidos a Jesus no sentido de ocuparem os primeiros lugares na corte messiânica (Mc 10, 35s).
Antes da Páscoa, os discípulos falavam de Jesus como o Messias, o descendente de David cuja entronização era preciso preparar.
Era esta perspectiva que Jesus rejeitava (Mt 16, 22-23). Por outras palavras, a visão que Jesus tinha da sua missão e a visão dos discípulos não correspondi.
Por isso Jesus chama Satanás a Pedro, pois este só entende estas coisas segundo a visão terrena dos judeus (Mt 16, 23).
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