Quando olhamos o tempo, tendo como pano de fundo a eternidade, este ganha um sentido e uma importância verdadeiramente fundamentais.
Nesta perspectiva o tempo surge como o ventre em cujo interior os seres pessoais emergem e atingem a sua densidade de Vida Eterna.
Por ser espiritual, a vida pessoal tem uma consistência imortal e, portanto, com densidade de vida eterna.
Vista à luz da eternidade, a vocação fundamental da pessoa humana é realizar-se como pessoa mediante o amor.
Se o tempo nos é dado para construirmos a nossa realidade pessoal e eterna, então o tempo deve ser tomado a sério e aproveitado.
Vistas a esta luz, as manhãs surgem como um convite a aproveitar o novo dia como mais uma oportunidade para realizarmos no tempo o que seremos eternamente.
Quando olhamos o tempo com os horizontes da eternidade, o amor ganha sabor a vocação fundamental, pois é por ele que podemos viver o amor neste dia único e irrepetível.
Se o vivermos de modo empenhado, a pessoa emerge em cada dia com uma novidade chamada a enriquecer o património definitivo da comunhão universal do Reino de Deus.
Por outras palavras, é hoje o tempo de configurarmos a identidade pessoal que desejamos ser para sempre.
Calmeiro Matias
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