10 julho, 2008

APOCALIPSE E O REINO DOS MIL ANOS-II


II-O MILENARISMO NO APOCALIPSE

Durante os mil anos de duração do reino messiânico, Satanás está amarrado, a fim de não voltar a fazer o que fez com Eva.

Ao fim dos mil anos, Satanás será solto por algum tempo (Apc 20, 2). Cristo e os eleitos tomarão parte no reino messiânico e todos reinarão com Cristo durante os mil anos (Apc 20, 4).

Entretanto os discípulos, sentados em tronos, recebem o poder de julgar (Apc 20, 4). Por seu lado, os maus que foram destruídos pelos flagelos purificadores que precederam a vinda de Cristo, permanecerão na morte durante estes mil anos.

Com a vinda de Cristo só os justos ressuscitam, a fim de tomarem parte no reino de Cristo (Apc 20, 5).

Os pecadores vivos serão mortos. Os pecadores vivos serão todos mortos e são destruídos. O milenarismo é uma elaboração feita a partir de uma leitura deturpada dos apocalipses anteriores.

Em primeiro lugar faz uma interpretação incorrecta da passagem da Segunda Carta de São Pedro, segundo a qual um dia para Deus é como mil anos (2Ped 3, 8).

O autor da Carta de Pedro está a citar o Salmo 89, 4 onde se fala da eternidade de Deus e da brevidade da vida humana.

Citando o salmo, o autor desta carta pretende animar os cristãos dizendo-lhes que, se a vinda de Cristo está a tardar mais do que se imaginava isso deve-se à misericórdia de Deus.

Com esta demora, Deus quer dar mais tempo aos pecadores para que se possam arrepender (2Ped 3, 9).

Mas o dia do Senhor vai chegar como um ladrão, para frisar que o Senhor virá de surpresa (2Ped 3, 10).

Pegando neste texto o Apocalipse interpreta a expressão de um dia igual a mil anos, como uma afirmação sobre o tempo em que duraria o reino messiânico.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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