14 julho, 2008

REINO DE DAVID E A SEGUNDA VINDA DE CRISTO-III

III-O MESSIAS COMO PESSOA SAGRADA

A partir do momento da coroação o filho de David passava a ser filho de Deus, diz o salmo dois (Sal 2, 6-7).

Por outras palavras, a unção real fazia do rei uma pessoa sagrada: “Deus me guarde de jamais cometer este crime, estendendo a mão contra o ungido do meu Senhor. Ele é o consagrado ao Senhor” (1Sam 24, 7).

Após a unção real, o Espírito do Senhor apoderava-se do ungido tal como aconteceu com Saul (1Sam 10, 9-10) e David (1Sam 16, 13).

Atentar contra o ungido do Senhor é atrair a ira de Deus (1Sam 26, 9). Segundo a teologia da unção real, o rei recebia directamente o poder através da unção sagrada:

“Encontrei David, meu servo, e com óleo sagrado o ungi (...). Ele invocar-me-á: Vós, meu pai, meu Deus e rochedo da minha salvação” (Sal 89, 21; 27).

Deus é o único que é verdadeiramente rei e Senhor. Os reis davídicos exercem a sua missão em nome de Deus.

Esse poder é-lhe conferido pelo Senhor mediante a unção e a entronização. O rei deve ser fiel à Aliança de Deus, pois só a Deus pertence a realeza (Is 52, 7).

Segundo o profeta Zacarias a missão do rei é implantar a paz universal. A grandeza do rei messiânico radica na sua humildade e dedicação à causa da paz:

“Exulta de alegria, filha de Sião! Solta gritos de júbilo, filha de Jerusalém. Eis que o teu rei vem a ti.

Ele é justo, vitorioso e humilde. Monta um jumento, filho de uma jumenta. Destruirá os carros de guerra e os cavalos de Jerusalém.

O arco de guerra será quebrado. Ele proclamará a paz para as nações. O seu império irá de um mar a outro e do rio às extremidades da terra (Zac 9, 9-10).

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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