II-O SONHO DOS DISCÍPULOS
A visão que os discípulos tinham na cabeça correspondia à visão do profeta Jeremias quando escreveu:
“ Naqueles dias, a casa de Judá unir-se-á à de Israel. Virão juntamente para a terra que dei em herança a vossos pais» (Jer 3, 18).
Esta profecia de Jeremias referia-se à junção das doze tribos, condição fundamental para acontecer a restauração do reino de David.
Agora podemos compreender a razão pela qual Jesus escolheu os doze Apóstolos. Depois da Páscoa, os discípulos começam a anunciar a segunda vinda de Jesus como rei messiânico.
O dia da sua vinda como rei e juiz será um dia de tragédia para os que O rejeitaram (Lc 19, 27).
Os sumos-sacerdotes hão-de ver o dia do Filho do Homem.
Ele surgirá sentado vindo da direita do poder de Deus, isto é, como rei, vindo sobre as nuvens do céu (Mt 26, 64).
Jesus anuncia o Reino de Deus, o qual tem como alicerce o dom do Espírito Santo e a filiação divina dos seres humanos.
Jesus declara-se Messias, até pelo facto de chamar a Deus seu Pai, pois o Messias seria filho de Deus (2 Sam 7, 12-16).
Apesar do símbolo doa Doze Apóstolos e de chamar Pai a Deus, Jesus nunca se autoproclamou Messias davídico.
É este o significado da rejeição duríssimo por parte de Jesus em relação a Pedro (Mt 16, 22-23).
No entanto, esta era a maneira de os discípulos entenderem a missão messiânica de Jesus.
Os reis davídicos eram filhos de Deus Isto quer dizer que exerciam o poder real em nome de Deus (Sal 89, 21-27).
A unção e coroação do rei era feita no Templo e era considerada uma celebração litúrgica de primeira grandeza.
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