A interioridade espiritual de cada pessoa humana é única, original, irrepetível e possui o seu jeito próprio de amar.
Isto deve-se ao facto de a pessoa estar em construção e ainda pelo facto de sermos autores da nossa própria realização a partir do que recebemos dos outros.
Podemos dizer com o evangelhos de São João q eu nascemos para nascer. Pelo facto de os seres humanos apenas se poderem realizar mediante o amor, cada pessoa humana tem como vocação fundamental a sua humanização mediante o amor.
Deus assume as pessoas humanas na comunhão da Família Divina, divinizando-as na medida em que estas se humaniza.
A lei da humanização é: “Emergência pessoal mediante relações de amor e convergência para a comunhão universal”.
Graças ao acontecimento da Encarnação do Filho Eterno de Deus, a comunhão universal para a qual estamos a caminhar é o Reino de Deus.
Isto quer dizer que a meta da Humanidade é a sua incorporação na comunhão orgânica da Santíssima Trindade.
Por outras palavras, graças a Jesus Cristo, os seres humanos foram divinizados, mediante a sua incorporação na Família Divina.
Por fazermos uma união com Cristo, cada pessoa humana é assumida nele e com ele na comunhão trinitária, ficando divinizada na medida em que é capaz de comungar com as pessoas divinas e as demais pessoas humanas.
De facto, as pessoas humanas serão tanto mais divinas quanto mais forem capazes de viverem na plenitude da comunhão do Reino de Deus.
A plenitude do humano, portanto, é o divino. É este o sentido profundo da Encarnação.
Calmeiro Matias
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