04 junho, 2009

QUANDO DEUS IRROMPE NO SILÊNCIO-III

Nesse momento, Pedro sentia-se unido a Deus e à Criação.

Sentia um desejo enorme de fazer bem, ajudando os seres humanos a ser felizes.
Nesse momento, o Pedro compreendeu que a comunhão com Deus não nos afasta da comunhão com os irmãos.

E viu com clareza que as pessoas que de facto fazem a experiência de Deus, não são afastadas nem distraídas da tarefa de construir a fraternidade humana.

O Pedro sentiu desejo de agarrar esse momento e não o deixar fugir. Como São Pedro no monte da transfiguração, o Pedro tinha uma vontade enorme de construir ali uma tenda e ficar ali para sempre.

Mas o Pedro sabia que isso podia acontecer, pois a plenitude da sua comunhão com Deus ainda não chegou.

De facto, o Deus que nos acolherá como membros da sua Família já se revela e pode ser saboreado, mas ainda não de modo pleno, perfeito e sem interrupções.

Quando a pessoa humana saboreia a alegria do encontro com Deus tem tendência de o procurar sempre e cada vez mais.

E o Pedro entendeu a importância de criar momentos de silêncio que possam ser espaços privilegiados de encontro e comunhão com Deus.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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