Segundo a simbologia do relato das Bodas de Caná, a água dos ritos judaicos de purificação é transformada por Jesus em vinho de qualidade superior (Jo 2, 6-10).
Na simbologia de São João a alta qualidade deste vinho representa o salto de qualidade da Nova Aliança em relação à Antiga.
O Espírito Santo é o princípio da Vida Nova que brota da Nova Aliança. A antiga aliança não era fonte de vida mas força bloqueadora que impedia a Vida Nova de emergir.
São Paulo tinha uma consciência muito clara da inutilidade dos ritos e lavagens do judaísmo quando escreveu:
“Cristo é quem nos capacita para sermos ministros de uma Nova Aliança, não da letra, mas do Espírito.
Com efeito, a letra mata, mas o Espírito dá Vida” (2 Cor 3, 6). Noutra passagem, São Paulo diz que fomos baptizamos no mesmo Espírito, a fim de fazermos um só corpo. É por esta razão diz ele, que nós bebemos do mesmo Espírito.
O evangelho de São João associa o Espírito Santo a uma Água viva que faz nascer uma fonte de vida eterna no coração dos que a bebem (Jo 7, 37-39).
O profeta Isaías compara o Espírito Santo a uma água que mata a sede e faz desabrochar em nós vida em abundância:
“Vou derramar água sobre os que têm sede e fazer correr rios sobre a terra árida. Vou derramar o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção sobre os teus descendentes.
Estes crescerão como plantas junto das fontes e como salgueiros junto das águas correntes” (Is 44, 3-4).
A Primeira Carta aos Coríntios diz que o nosso coração é o templo onde habita o Espírito Santo:
“Não sabeis que sois templos de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Cor 2, 16).
Calmeiro Matias
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