08 janeiro, 2009

O PERDÃO DE DEUS COMO DOM GRATUITO-I


I-DEUS NÃO QUER SACRIFÍCIOS HUMANOS

A morte de Jesus Cristo não foi um sacrifício expiatório exigido por Deus Pai para perdoar aos homens.

Nem os pais humanos, apesar de serem pecadores e limitados, fariam uma coisa destas aos seus filhos.

Logo nos começos da história bíblica, Deus demonstrou que os sacrifícios humanos não lhe são agradáveis.

É este o significado profundo da rejeição, por parte de Deus, do sacrifício de Isaac (Gn 22, 1-16).
A Primeira Carta de São João diz que Deus é Amor (1 Jo 4, 7).

Ora o amor não é vingativo e perdoa sempre, diz São Paulo: “O amor tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Cor13, 7).

Se Deus é Amor, isto quer dizer que ele só pode o que pode o amor, pois não se pode negar a si mesmo.

Se Deus é amor, não tem sentido ter medo de Deus, pois ninguém tem medo do amor. Jesus ensinou-nos que Deus tem um coração misericordioso, o qual nunca se vinga nem destrói os pecadores.

Certo dia, Jesus explicou aos discípulos que o amor e a misericórdia de Deus são infinitos.
Depois acrescentou que devemos imitar o Pai do Céu que é misericordioso com todos (Lc 6, 36).

Quando os fariseus começaram a criticar Jesus por ele acompanhar com os pecadores, Jesus respondeu-lhes:

“Deus quer misericórdia e não sacrifícios. Ficai sabendo que eu não vim chamar os justos, mas os pecadores” (Mt 9, 13; Mc 2, 17; Lc 5, 32).

Por vezes, ao curar as pessoas, Jesus dizia-lhes que estas curas eram um sinal de que Deus lhes perdoava os pecados.

O perdão do pecado resulta da acção do Espírito Santo em nós que nos ajuda a passar do egoísmo para o amor fraterno ao mesmo tempo que nos liberta de muitas enfermidades.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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