13 janeiro, 2009

BONDADE DE CORAÇÃO E ALEGRIA DE VIVER-III

III-O CORAÇÃO COMO ALICERCE DA PLENITUDE PESSOAL

Quanto mais a nossa interioridade espiritual emerge mais a pessoa se afirma como ser único, original e irrepetível.

Podemos dizer que a plenitude da pessoa acontece no coração. Na verdade, a plenitude da pessoa não está em si, mas na reciprocidade do encontro e da comunhão, cujo ponto de emergência é o coração da pessoa.

O nosso coração toca, pois, o limiar da Comunhão Universal do Reino de Deus. No ponto onde termina a nossa interioridade espiritual limitada, começa a interioridade espiritual ilimitada da Comunhão Familiar da Santíssima Trindade.

Isto quer dizer que a comunhão universal da Família de Deus toca-nos por dentro! A presença libertadora de Deus é uma realidade que podemos experimentar, pois o Reino de Deus está a acontecer dentro de nós como diz o evangelho de São Lucas:

“A vinda do Reino de Deus não é observável no nosso exterior. Não se poderá dizer: Ei-lo aqui, ou ei-lo acolá. Na verdade, o Reino de Deus está dentro de vós” (Lc.17,20-21).

É importante tomarmos estas afirmações bíblicas a sério, eliminando da nossa linguagem expressões que signifiquem medo, ansiedade ou angústia.

Como ternura maternal de Deus, o Espírito Santo é o princípio animador desta Comunhão orgânica e dinâmica que é a Família de Deus.

São Paulo diz que o Espírito Santo é o amor de Deus derramado nos nossos corações (Rm 5, 5).

E logo mais à frente diz que todos os que são movidos pelo Espírito Santo são filhos e herdeiros de Deus Pai e irmãos e co-herdeiros com o Filho de Deus (Rm 8, 14-17).

É este o sentido da afirmação da Segunda Carta aos Coríntios quando afirma que nós somos templos do Espírito Santo (2 Cor 3, 16).

A Carta aos Gálatas diz que nós somos filhos de Deus Pai porque ele envia aos nossos corações o Espírito Santo que em nós clama Abba, ó Pai (Gal 4, 6).

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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