Por outras palavras, há um só Deus, mas Deus não é um sozinho. O Uno em Deus é a comunhão, o plural são as pessoas.
No mistério da Trindade Divina, nenhuma das pessoas precede a outra: Deus Pai descobre-se como Pai porque se encontra face a face com o Filho de Deus.
Na verdade, não pode existir um pai sem existir simultaneamente um filho. O Filho de Deus é gerado, mas não procriado. Na verdade, em Deus há geração eterna, mas não procriação.
Eis o que significa dizer que Deus é uma emergência permanente e eterna de três pessoas de perfeição infinita em total convergência de comunhão amorosa.
Na reciprocidade amorosa do Pai com o Filho, as pessoas emergem em simultâneo como dois jeitos diferentes de amar: amor paternal e amor filial.
O Espírito Santo é a terceira pessoa divina. O seu jeito de se relacionar e comungar, o Espírito Santo é a ternura maternal de Deus.
O jeito de o Espírito Santo ser pessoa é animar as relações de amor de Deus Pai com Filho de Deus, e criar vínculos de comunhão.
Como o amor de Deus Pai é uma novidade constante, Deus Filho está constantemente a ser gerado.
Deus não é nem será nunca um passado. Na verdade, Deus é um presente eterno. Por outras palavras, o Filho de Deus não foi gerado num passado longínquo. Pelo contrário, está sempre a ser gerado.
Deus Pai ama de modo paternal, isto é, como doação incondicional. Esta doação paternal é totalmente gratuita, pois não é motivada por qualquer outra doação prévia.
Por outras palavras, o amor paternal de Deus Pai não é precedido de qualquer outro estímulo amoroso.
Com seu jeito maternal de amar, o Espírito Santo encontra-se no coração da Santíssima Trindade.
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias
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