02 janeiro, 2009

FIDELIDADEDE JESUS E SALVAÇÃO HUMANA-II

II-O JUSTO E O SOFRIMENTO

Ao ver o justo a sofrer, Deus toma partido por ele e vai libertá-lo. Como o justo faz uma união orgânica com os pecadores estes acabam por ser libertos juntamente com os pecadores.

Deste modo, o sofrimento do justo vai reverter em favor do povo pecador, acabando por se tornar um sofrimento redentor.

Como os justos e os pecadores formam o único povo de Deus, fala umas vezes do povo, outras do justo e vice-versa:

“O meu servo terá êxito, pois será engrandecido e exaltado. Muitos povos ficaram espantados diante dele quando viram o seu rosto desfigurado e o seu aspecto disforme.

Do mesmo modo, muitos povos e reis ficarão espantados ao verem as coisas maravilhosas e inauditas que vão acontecer (…).

O servo cresceu diante do Senhor sem figura e sem beleza, como um rebento ou uma raiz em terra árida.

Vimo-lo sem aspecto atraente, desprezado e abandonado pelos homens, como homem das dores, habituado ao sofrimento.

Temo aspecto de um ser desprezado, diante do qual se tapa o rosto. Na verdade ele tomou sobre si as nossas doenças e carregou as nossas dores.

Mais parecia um leproso humilhado e ferido por Deus. Mas foi ferido por causa dos nossos pecados, esmagado por causa das nossas iniquidades cujo castigo caiu sobre ele.

Fomos curados nas suas chagas. Andávamos desgarrados como ovelhas perdidas, cada qual seguindo o seu caminho.

Foi maltratado, pois o Senhor carregou sobre ele os nossos crimes. Foi maltratado, mas não abriu a sua boca, tal como o cordeiro que é levado ao matadouro ou a ovelha emudecida nas mãos do tosquiador.

Sem defesa nem justiça, levaram-no à força. E ninguém se preocupou com o seu destino. Foi ferido por causa dos pecados do meu povo e suprimido da terra dos vivos.

Deram-lhe sepultura entre os ímpios e uma tumba entre malfeitores, apesar de não ter cometido qualquer crime nem praticado a fraude.

Aprouve ao Senhor esmagá-lo com sofrimento, mas a sua vida tornou-se um sacrifício de reparação.

Terá uma posteridade duradoura e viverá longos dias. O desígnio do Senhor realizar-se-à por meio dele (…). Justificará a muitos, pois carregou com os seus crimes.

Por esta razão terá uma multidão como herança. Receberá muita gente como despojos, pois entregou a sua vida à morte.

Foi contado entre os pecadores, pois tomou sobre si os pecados de muitos, sofrendo pelos culpados” (Is 52, 13-53,12).

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias


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