III-O TEMPO HUMANO
Mas existe ainda a maneira existencial de medir o tempo. Trata-se do tempo psicológico, o qual é vivido de modo diferente pelo jovem ou pelo idoso.
Para o idoso, que depressa passam as horas, os dias e os anos! Para os jovens, pelo contrário, como o tempo é lento, excepto nos momentos de brincar ou fazer festas.
O mesmo acontece com o tempo biológico. É bem conhecida a lentidão da cicatrização nas feridas nos idosos.
As feridas dos jovens, pelo contrário, cicatrizam com uma rapidez que nos espanta. O tempo possibilitou a evolução animal, dando origem à complexidade cerebral do cérebro humano que é a matriz a partir da qual acontece a emergência da vida pessoal-espiritual.
Olhando o tempo com as lentes da fé cristã, este adquire também uma dimensão teológica: Ele é o “kairós”, isto é, o tempo oportuno para o amor de Deus incarnar na História Humana e, deste modo, realizar a salvação da Humanidade.
O kairós é o tempo oportuno, isto é, a hora escolhida por Deus para acontecer o mistério da Encarnação mediante o enxerto do divino no humano.
Kairós é também o momento em que Deus ressuscita Jesus Cristo, condição para a Humanidade ser divinizada.
A divinização da Humanidade acontece mediante a sua assunção e incorporação na Família de Deus.
Deus não precisa do tempo para ser Deus, pois ele é o criador do tempo e é anterior ao Tempo.
A Humanidade, pelo contrário, precisa do tempo como precisa de comer e beber para crescer, e atingir a sua plenitude na comunhão com Deus.
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