Ao iniciar a génese do Universo, Deus criou algo inacabado, faminto de futuro e sedento de realização.
O seu sentido do Universo está sempre no que ainda falta realizar. Podemos dizer que a Criação é um poema a crescer de modo permanente.
É por esta razão que nunca o conseguimos declamar de modo completo e acabado. Com o aparecimento da Humanidade, a Criação atinge o limiar da liberdade, essa capacidade maravilhosa que nos capacita para sermos tal e como desejamos ir sendo.
A liberdade capacita-nos também para interagir de modo criador com as coisas e os acontecimentos.
Os poemas humanos cantam a dor, as paixões e o amor. O poema de Deus é um hino cósmico cujo tema é a bondade, a liberdade e o amor.
Por ser para nós, a Criação foi concebida de modo a dar ao Homem a possibilidade de a completar.
O Universo em que habitamos é lógico e coerente. Tudo acontece segundo uma sequência de causas e efeitos onde não existe determinismo.
Eis a razão pela qual a nossa inteligência o pode compreender. O Universo é um entretecido de relações, apontando para uma convergência universal:
Átomo, Planeta, Sistema solar e Galáxia. Asteróide, Universo e Estrela Polar. Mas a menina dos olhos do Criador é a Humanidade, talhada para tomar parte na própria família de Deus.
Apesar de ainda ser imperfeita e estar inacabada, a pessoa humana já pertence à cúpula personalizada da Criação.
Com efeito, os seres humanos são pessoas capazes de fazer aliança e comungar com o seu Criador.
Graças a Jesus Cristo, a vida humana já tem sabor divino. Na verdade, já está ao alcance da Humanidade a possibilidade maravilhosa de pertencer à Humanidade.
Calmeiro Matias
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