O Deus de Jesus Cristo não abandona o Homem na marcha da sua realização. Pelo contrário, o Deus da revelação acompanha-nos até à plenitude da Vida Eterna.
E foi assim que, nos primórdios da criação do Homem, Deus moldou-o para si. Na plenitude dos tempos, Deus levou o seu plano até ao limiar da divinização através do beijo da Encarnação.
Pela ressurreição de Cristo introduzi-o na plenitude da Família Divina. Isto era possível porque a Humanidade é constituída por pessoas.
Somos seres em construção e moldados para o face a face da Comunhão do Reino de Deus, onde nos possuímos na medida em que nos damos.
Surgimos como seres chamados à comunhão fraterna, o único caminho para atingirmos a nossa plenitude na Família de Deus.
Isto quer dizer que a plenitude da pessoa não está em si, mas na reciprocidade das relações de amor.
Enquanto estamos na História, levamos no nosso íntimo uma pessoa chamada a construir a sua identidade espiritual que consiste no seu jeito de amar e comungar.
Por outras palavras, a nossa capacidade de comungar com Deus e os irmãos no Reino de Deus depende do jeito com que amamos os irmãos enquanto estivemos na História.
A interioridade espiritual da pessoa em gestação pode comparar ao pintainho a germinar dentro do ovo.
Com o acontecimento da morte a casca do ovo rebenta, o pintainho nasce e atinge a plenitude na Família de Deus.
Calmeiro Matias
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