29 setembro, 2008

DEUS E A REVELAÇÃO DA NOVA ALIANÇA-II

II-NOVA ALIANÇA E FRATERNIDADE UNIVERSAL

A Antiga aliança é o tempo em que o grande pedagogo, isto é, o Espírito Santo, foi preparando o Homem para a plenitude dos tempos.

A plenitude dos tempos representa o período em que a Humanidade dá um salto de qualidade ao ser incorporada na comunhão universal da Família de Deus.

Eis as palavras da Carta aos Efésios: “Cristo é a nossa paz. De dois povos (judeus e pagãos) fez um só, anulando o muro da separação que os dividia, isto é, a Lei mosaica com suas normas e preceitos, a fim de criar um só Homem Novo com judeus e pagãos.

Portanto, os pagãos já não são estrangeiros nem imigrantes, mas concidadãos dos santos e membros da Família de Deus” (Ef 2, 14.19).

A Carta aos Gálatas interpreta de modo muito bonito a grande mudança operada pelo salto de qualidade da Nova Aliança:

“Antes de chegar a plenitude da fé estávamos prisioneiros da Lei de Moisés. Era necessário, portanto, que a fé se revelasse. A Lei de Moisés foi o pedagogo que nos conduziu até Cristo, a fim de entrarmos no domínio da fé e sermos justificados.


Isto quer dizer que a Lei de Moisés se tornou o pedagogo até Cristo, a fim de sermos justificados pela fé.

Agra já sois filhos de Deus, por isso não estais sob o domínio do pedagogo (…). Já não há judeu ou grego. Não há escravo ou homem livre.

Não há homem ou mulher, pois todos sois um só em Cristo Jesus” (Gal 3, 23-29). A Antiga Aliança assentava na Lei de Moisés, a qual se multiplicava em normas, preceitos, mandamentos e ritos que não levavam à salvação.

A Antiga Aliança criava um divisão entre os povos e as raças: circuncisos e incircuncisos, filhos de Abraão e pagãos.

A Nova Aliança, pelo contrário, assenta na acção do espírito Santo que, no nosso interior, nos incorpora na Família de Deus: filhos de Deus Pai e irmãos do Filho de Deus (Rm 8,15-17).

Esta incorporação dá-se pela ternura maternal de Deus, isto é, o Espírito Santo (Rm 8, 14).
Viver a dinâmica da Nova aliança, portanto, significa deixar-se conduzir pelo Espírito Santo, os quais superam a Lei de Moisés:

“Eis os frutos do Espírito: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, auto-domínio. Contra tais coisas não há lei” (Ga 5, 22).

A Nova Aliança supõe, não propriamente uma rotura com a Antiga, pois a Antiga era um degrau para chegar à Nova.

A Antiga Aliança foi superada da mesma maneira que as metas para atingir um objectivo determinado são superadas quando o objectivo é atingido.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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