Querendo ensinar aos discípulos a ternura de Deus pela Humanidade, um dia Jesus Cristo disse-lhes o seguinte:
“Eu desci do Céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade de quem me enviou. E a vontade daquele que me enviou é esta: que eu não perca nenhum dos que ele me deu, mas os ressuscite no último dia.
Sim, esta é a vontade do meu Pai: que todo aquele que acredita no Filho tenha a Vida Eterna e eu o ressuscite no último dia” (Jo 6, 38-40).
Podemos dizer que a pessoa humana depois de ouvir e aceitar a Palavra de Deus está a caminhar pela via da sua realização e plenitude.
Jesus Cristo ensinou aos discípulos que não devem ter medo de procurar a vontade de Deus, pois esta coincide rigorosamente com o que é melhor para as pessoas humanas.
Na verdade, a vontade de Deus a nosso respeito é que nós nos realizemos e sejamos felizes. Ao chamar-nos à vida, Deus deu-nos um leque de possibilidades, para que nos possamos realizar.
O evangelho de São Mateus dá o nome de talentos às possibilidades de realização de cada pessoa (Mt 25, 14-30).
Os talentos são a matéria-prima de que dispomos para nos realizarmos. Com seu jeito maternal de amar, o Espírito Santo chama-nos a ser fieis aos nossos talentos, a fim de atingirmos a nossa plenitude no Reino de Deus.
Deus é Comunhão de três pessoas e salva os seres humanos na medida em que estes crescem em densidade pessoal e espiritual.
No conjunto dos seres vivos que habitam esta terra, apenas os seres humanos são pessoas e, portanto, capacitados para tomar parte na comunhão familiar da Santíssima Trindade.
E ao chegar o dia da nossa partida para a plenitude da vida eterna, o Espírito Santo conduz-nos ao Pai que nos acolhe como filhos e ao Filho de Deus que nos que nos acolhe como irmãos.
E é deste modo que somos assumidos e acolhidos na comunhão familiar da Santíssima Trindade.
Calmeiro Matias
Sem comentários:
Enviar um comentário