Moldada de para a meta da divinização, a Humanidade encontra a sua plenitude em Jesus Cristo.
Foi em Jesus Cristo que o divino se enxertou no humano, a fim de este ser divinizado.
A plenitude da Humanidade foi iniciada pela ressurreição de Cristo. Por ser constituída por pessoas, a Humanidade pode ligar-se de modo orgânico à Divindade.
Podemos dizer que, com a ressurreição de Cristo, a Humanidade deu um salto de qualidade, entrando na fase dos acabamentos, isto é, no processo da sua divinização.
A divinização do Homem acontece pela sua assunção e glorificação na comunhão familiar da Santíssima Trindade.
Todos os que ressuscitam em Cristo ficam assumidos e gloriosos na comunhão da Santíssima Trindade.
São Paulo chama a esta nova condição da Humanidade, a plenitude dos tempos. Eis o que ele diz na Carta aos Gálatas:
“Mas quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sob o domínio da Lei.
Deste modo resgatou os que se encontravam sob o domínio da Lei, a fim de receberem a adopção de filhos.
E, porque somos filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho que clama: “Abba! Ó Pai.” (Gal 4, 4-7).
Como sabemos, a Humanidade não é constituída apenas pelas pessoas que hoje estão em realização histórica.
Para lá dos seres humanos que vivem hoje na História, há uma multidão incontável de seres humanos que já estão na comunhão do Reino de Deus.
Eles connosco e nós com eles formamos a comunhão universal da única Humanidade. O vínculo de união e o princípio animador desta união orgânica universal é o Espírito Santo.
No princípio dos tempos, o hálito da vida, isto é, o Espírito Santo foi dado à Humanidade como impulso primordial da Humanização do Homem.
A Carta aos romanos diz que o Espírito Santo é o amor de Deus derramado nos nossos corações (Rm 5, 5).
Isto quer dizer que o impulso primordial da humanização foi um impulso de amoroso. Com Jesus Cristo ressuscitado, Deus inaugura a plenitude dos tempos, dando início à divinização do Homem.
Agora o Espírito Santo circula em nós como uma seiva que vem da cepa da videira para os seus ramos, tornando-os fecundos (Jo 15, 4-5).
O evangelho de São João diz que o Espírito Santo é no nosso íntimo como um regato de Água Viva a circular no nosso íntimo (Jo 7, 37-39).
Calmeiro Matias
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