Utilizando uma imagem que me é muito querida, eu diria que, no Reino de Deus, todos dançaremos o ritmo do amor, mas cada pessoa com o jeito que tiver treinado na história.
Cada pessoa é única, original e irrepetível, tanto nas impressões digitais que herdou dos outros, como nas impressões digitais que construiu em relações com os outros.
Como já vimos, a realidade espiritual humana tem uma identidade histórica. Assim como o pintainho emerge dentro do ovo, assim a vida pessoal-espiritual emerge no interior do nosso ser exterior.
Ao terminar a marcha histórica da pessoa, a casca do ovo rebenta e o pintainho nasce e entra na festa da vida eterna.
Por outras palavras, a vida pessoal, por ser espiritual, não está a caminhar para o vazio da morte.
Na edificação da vida pessoal, o decisivo são as opções e realizações na linha do amor.
Os fracassos ou quedas circunstanciais que aconteçam pelo caminho não anulam a realização do Homem em construção.
O grande obstáculo à realização histórica da pessoa é de facto o pecado, isto é, a recusa da pessoa a realizar-se mediante relações de amor.
As recusas da pessoa a realizar-se mediante o amor, geram um conjunto de forças negativas que bloqueiam o processo realização da pessoa e bloqueiam o processo histórico da humanização.
Calmeiro Matias
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