07 abril, 2009

O MODO DE DEUS NOS ACOLHER COMO FAMÍLIA-III

III-O FILHO DE DEUS DECIDIU SER NOSSO IRMÃO

É Espírito Santo que o Filho de Deus comunica connosco e nos revela o seu jeito especial de ser nosso irmão:

Irmão generoso e solidário.

Irmão que age como autêntico companheiro fiel e sempre disposto a partilhar.

Nas dificuldades, nunca hesita em ser para nós apoio e ajuda solícita.

É um irmão leal e verdadeiro, sempre disposto a partilhar connosco o melhor de si.

Nunca faz alarde da ajuda que nos presta e das coisas boas que partilha connosco.

Esta comunhão familiar na qual fomos integrados pelo Filho de Deus é dinamizada pelo Espírito
Santo, o sangue de Deus a circular no nosso coração.

Como Comunhão Familiar, a Santíssima Trindade amou-nos ainda antes de nos criar.

Desde toda a eternidade, as pessoas divinas dialogaram sobre nós e sonharam um plano de amor para nós.

Pelo mistério da Encarnação, o Filho eterno de Deus uniu-se de modo orgânico à Humanidade.
Deste modo ficaram criadas as condições para sermos incorporados na Família de Deus.

Ao ressuscitar difundiu para nós o Espírito Santo, a fim de sermos incorporados como membros da Família de Deus.

Para comungar connosco, Deus sonhou-nos à sua imagem e semelhança. Ao Encarnar, o Filho de Deus realizou este sonho de Deus.

O evangelho de São João diz que o Filho de Deus, ao encarnar, nos deu o poder de nos tornarmos filhos de Deus.

Não por vontade do Homem ou pelos impulsos da carne, mas sim pela vontade de Deus (Jo 1, 12-14).

Como irmão amoroso, o Filho de Deus deu provas de ser um excelente conhecedor de Deus e do Homem.

Ao aperceber-se da inutilidade da multidão dos mandamentos e preceitos resolveu resumi-los a um só mandamento.

Eis as suas palavras: “O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei.

Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos” (Jo 15, 12-13). Ele mesmo procedeu como o irmão que leva o amor à sua perfeição máxima: dar ávida por nós.

São Paulo entendeu muito bem esta atitude de Jesus e por isso, na Carta aos Gálatas, ele diz que a Lei com a sua multidão de ritos e cultos não tem qualquer valor salvador:

“Nós acreditamos em Cristo Jesus, para sermos justificados pela fé em Cristo e não pelas obras da Lei. Na verdade, ninguém é justificado pelas obras da Lei” (Gal 2, 16).

No evangelho de São Mateus, Jesus diz que ele não veio anular a Lei, mas cumpri-la plenamente.

Com estas palavras, ele quis dizer que a maneira de realizar de modo perfeito o que de válido haja na Lei é amar os irmãos (Mt 5, 17).

São Paulo deu provas de ter entendido perfeitamente Jesus Cristo quando escreveu estas palavras:

“Amar o próximo como a si mesmo resume e cumpre toda a Lei ” (Rm 13, 8).

E logo a seguir afirma que o amor é o pleno cumprimento da Lei (Rm 13, 10).

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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